Investidores estão atentos nesta semana aos resultados das reuniões sobre política monetária no Brasil e no exterior. O consenso por aqui é de manutenção da Selic em 13,75%, mas comunicado do Copom (Comitê de Política Monetária) pode esquentar disputa de narrativas com críticas a política fiscal do governo.

A decisão do Banco Central brasileiro será divulgada na quarta-feira, às 18h30. Agora pela manhã, o IGPM (Índice Geral de Preços – Mercado) de janeiro deste ano apresentou desaceleração na comparação com dezembro, passando de 0,45% para 0,21%. O indicador da inflação do aluguel, como também é conhecido o índice, também ficou abaixo da leitura anual anterior, que estava em 5,45%, e fechou os últimos doze meses terminado em janeiro em 3,79%.

Nos Estados Unidos, a pressão sobre os preços também tem apresentado menor ímpeto. Na sexta-feira dados do PCE (índice de gastos de consumo individual) foi mais comportado que as leituras anteriores. Esse e outros dados tem reforçado a aposta de que o Fomc (espécie de Copom norte-americano) deve elevar a taxa de juros por lá em 0,25 p.p. na quarta-feira. O FED (Federal Reserve) tem indicado que entende que ainda não é o momento de relaxar no combate à inflação, mas o mercado está convencido de que é preciso reduzir o ritmo no ciclo de alta.

Na quinta-feira, o Banco Central Europeu define os juros para a Zona do Euro, e a expectativa é de uma alta de 0,50 p.p.. O sentimento dos investidores foi reforçado nesta manhã, com dados de inflação na Espanha apontando uma reaceleração inesperada. No mesmo dia, o BoE (Banco da Inglaterra) também deve anunciar taxas mais altas.

No campo das commodities, o minério de ferro voltou a subir com força com a abertura dos mercados chineses, após a semana de feriado em função das comemorações do ano novo lunar. Agora pela manhã, a matéria-prima fechou a primeira parte da sessão em Singapura em alta de 1,37%, a US$ 128,10 a tonelada. O petróleo tipo Brent operava sem muita pressão em alta de 0,20%, a US$ 86,83 o barril, apesar de tensões sobre um possível ataque de Israel a uma fábrica no Irã.