Investidores de olho em situação fiscal no Brasil e mudanças tributárias
Mercado local está atento ao desenvolvimento da pauta tributária no Congresso Nacional. Além da discussão da reforma sobre os impostos voltados ao consumo, o governo começa a apresentar as medidas voltadas para renda para poder fazer frente às despesas previstas para o ano que vem...
Mercado local está atento ao desenvolvimento da pauta tributária no Congresso Nacional. Além da discussão da reforma sobre os impostos voltados ao consumo, o governo começa a apresentar as medidas voltadas para renda para poder fazer frente às despesas previstas para o ano que vem. A estimativa é que a equipe econômica precise criar algo em torno de R$ 170 bilhões para alcançar a meta de zerar o déficit primário em 2024.
As duas primeiras apostas do governo foram apresentadas ontem: a MP dos fundos exclusivos e o PL dos fundos offshore. O Projeto de Lei do Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais), que ressuscita o voto de qualidade no tribunal administrativo, deve ser apreciado pelo plenário do Senado ainda esta semana é também faz parte do conjunto de medidas para aumento da receira do governo. A expectativa da equipe econômica é que a alteração resulte em cerca de R$ 50 bilhões para os cofres públicos.
Ainda sem definição, é esperado também uma medida para alterar ou acabar com o JCP (Juros sobre Capital Próprio). Ele é um mecanismo comumente utilizado por empresas que permite que parte da distribuição de resultados aos acionistas seja enquadrada como despesa financeira e, dessa forma, reduzem o valor tributável. Ontem, rumores de que os bancos poderiam receber tratamento diferenciado e manutenção de parte desse benefício ajudou as ações o setor a fecharem no positivo.
No exterior, os dados do Jolts nos Estados Unidos, que mostram a abertura de vagas de trabalho, devem movimentar o mercado global. A expectativa é de manutenção do número anterior. Uma redução nas posições de trabalho disponíveis pode pressionar os juros por indicar que o mercado de trabalho ainda está muito aquecido. Na fala de sexta-feira, no simpósio de Jackson Hole, Jerome Powell indicou que a situação do emprego nos EUA permanece como um item importante para o FED na resolução sobre a trajetória do ciclo de juros.
No campo das commodities, o minério de ferro encerrou a primeira parte da sessão em Singapura próximo à estabilidade em US$ 112,35 a tonelada. O petróleo tipo Brent operava em alta, às 7h58, cotado a US$ 85,06 (+0,76%) o barril.
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