Investidores avaliam novas ameaças golpistas, à espera de inflação nos EUA
A circulação em redes sociais de possíveis novos protestos contra o resultado eleitoral clamando pela "retomada do poder" podem trazer aversão a risco na sessão desta quarta-feira e interromper a retomada dos ativos nacionais vista nos últimos dias...
A convocação em redes sociais de possíveis novos protestos contra o resultado eleitoral e clamando pela “retomada do poder” podem trazer aversão a risco na sessão desta quarta-feira e interromper a retomada dos ativos nacionais vista nos últimos dias. Os panfletos digitais chamam bolsonaristas radicais para grande ato nas capitais a partir das 18h desta quarta, 11.
No campo econômico, os investidores aguardam a divulgação de dados de inflação nos Estado Unidos, marcada para esta quinta, 12. A expectativa é de arrefecimento da pressão sobre os preços, o que pode reduzir o ritmo do aperto monetário norte-americano. A curva de juros por lá continua a precificar o início do corte nas taxas ainda este ano, apesar de reiteradas falas de dirigentes do FED (Federal Reserve) contrárias ao posicionamento.
Por aqui, a divulgação do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) na manhã desta terça, confirmou o terceiro ano consecutivo de inflação acima da meta. Assim, no fim do dia, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, divulgou carta aberta ao presidente do CMN (Conselho Monetário Nacional), Fernando Haddad, explicando o porquê de a autarquia não cumpriu o mandato.
No texto, Campos Neto explica que a inflação ultrapassou teto da meta (5,25%) em função da alta das commodities, inércia e o persistente desequilíbrio nas cadeias produtivas globais. O presidente da autarquia aproveitou ainda para alertar contra a revisão de reformas estruturais e medidas parafiscais (como concessão de créditos subsidiados). De acordo com o documento, a adoção de uma política fiscal expansionista só terá o efeito desejado caso haja capacidade ociosa na economia brasileira.
Na China, a retomada econômica continua a impulsionar as commodities. O minério de ferro encerrou a primeira parte da sessão de Singapura em alta de 1,50%, vendido a US$ 121,80 a tonelada. O petróleo também é negociado em alta (+0,55%), a US$ 80,54 o barril tipo Brent.
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