Investidores apreensivos apesar de ação do FED
A semana promete ser movimentada no mercado financeiro com os desdobramentos da quebra do SVB (Silicon Valley Bank) na sexta-feira passada. Além das medidas dos governos para evitar o contágio no sistema bancário, investidores estão atentos a uma possível nova quebra...
A semana promete ser movimentada no mercado financeiro com os desdobramentos da quebra do SVB (Silicon Valley Bank) na sexta-feira passada. Além das medidas dos governos para evitar o contágio no sistema bancário, investidores estão atentos a uma possível nova quebra: a do FRB (First Republican Bank), cujas ações caem quase 60% nas negociações pré-mercado.
A desconfiança é de que essa outra instituição financeira da californiana sofra uma corrida bancária e também tenha dificuldade para honrar as solicitações de saque. Uma das medidas adotadas pelo FED (Federal Reserve) para tentar reduzir o receio dos correntistas por todo o país foi a disponibilização de uma linha de crédito para os bancos de forma a garantir saques de qualquer valor.
As bolsas pelo mundo todo operam sem direção definida nesta manhã calibrando o sentimento de aversão a risco em função dos problemas nos EUA. O EuroStoxx 600, que reúne as principais ações europeias, caía 2,42%, às 7h55. Em Hong Kong, o Hang Seng fechou em alta de 1,95%. E os futuros de Wall Street operam entre altas e baixas antes da abertura.
As taxas de juros futuros nos Estados Unidos operam em baixa, com uma percepção do mercado de que a autoridade monetária norte-americana pode ter de reduzir o ritmo de alta nos juros para evitar exacerbar o problema.
Por aqui, o impacto deve ser limitado. Os efeitos mais visíveis devem ser vistos no câmbio e nas taxas de juros futuras, além, é claro da bolsa de valores. No entanto, não há risco de contaminação ao setor bancário nacional.
Além do estresse internacional, os investidores nacionais ainda estarão alertas para um possível anúncio do novo arcabouço fiscal que, segundo Haddad, deve passar pelo crivo de Lula nas próximas horas. A possível indicação de dois novos diretores para o Banco Central também é um ponto de atenção na semana.
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