Inflação volta a atingir a meta após três anos
O Brasil teve uma inflação acumulada de 4,62% em 2023. O resultado vem dentro do intervalo da meta de inflação para o ano, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN)...
O Brasil teve uma inflação acumulada de 4,62% em 2023. O resultado vem dentro do intervalo da meta de inflação para o ano, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).
É a primeira vez que a meta foi cumprida desde 2020. Em 2021 e 2022, o índice superou o teto da meta.
Os dados são do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, divulgado nesta quinta-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Inflação em dezembro
Em dezembro, os preços subiram 0,56%. No último mês, o destaque foi o grupo de Alimentação e bebidas, que registrou a maior variação (1,11%) e o maior impacto (0,23 ponto percentual) no índice geral.
O resultado, segundo o IBGE, representa uma forte aceleração, já que o IPCA havia fechado novembro com alta de 0,28%. Em dezembro de 2022, teve alta de 0,62%.
Todos os grupos pesquisados pelo IBGE tiveram alta no mês — veja tabela no fim da reportagem. Mas o grupo Alimentação e bebidas, principal responsável pela desinflação de 2023, foi destaque de alta pelo segundo mês seguido.
Alimentos batata-inglesa (19,09%), feijão-carioca (13,79%), arroz (5,81%) e frutas (3,37%) subiram de preço.
Já a Alimentação fora do domicílio teve alta de 0,53% no mês, acelerando em relação ao mês anterior (0,32%). O instituto destaca as altas do lanche (0,74%) e refeição (0,48%), que subiram mais que em novembro (0,20% e 0,34%).
“O aumento da temperatura e o maior volume de chuvas em diversas regiões do país influenciaram a produção dos alimentos, principalmente dos in natura, como os tubérculos, hortaliças e frutas, que são mais sensíveis a essas variações climáticas”, explica o gerente do IPCA, André Almeida.
Veja o resultados por grupo:
- Alimentação e bebidas: 1,11%
- Habitação: 0,34%
- Artigos de residência: 0,76%
- Vestuário: 0,70%
- Transportes: 0,48%
- Saúde e cuidados pessoais: 0,35%
- Despesas pessoais: 0,48%
- Educação: 0,24%
- Comunicação: 0,04%
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