Inflação nos EUA tem alta moderada mês e desacelera no anual
Dados ficaram em linha com o esperado pelo financeiro e ajudaram a fortalecer a perspectiva de um corte de 0,25 p.p. na taxa básica americana
O CPI (Índice de Preços ao Consumidor, na sigla em inglês) dos Estados Unidos registrou alta de 0,2% em agosto em comparação com julho, mantendo a variação observada no mês anterior.
Os dados foram divulgados na quarta-feira, 11, pelo Departamento do Trabalho dos EUA. No acumulado dos últimos 12 meses, a inflação desacelerou, passando de 2,9% em julho para 2,5% em agosto.
Análise dos dados de inflação
Os resultados de julho ficaram dentro das expectativas do mercado. O consenso dos economistas consultados pela Bloomberg projetava uma variação de +0,2% para o CPI mensal, e 2,5%, na leitura anual.
O núcleo da inflação, que exclui os preços de alimentos e energia, apresentou uma leve aceleração, subindo 0,3% em agosto após um aumento de 0,2% em julho, patamar que também era o consenso entre os analistas. A leitura anual de manteve estável em 3,2%, em linha com o esperado.
Principais contribuições para o CPI
Os preços de habitação destacaram-se com um aumento de 0,5% no mês, acelerando em relação ao crescimento de 0,4% registrado em julho. No acumulado de 12 meses, o custo da habitação avançou 5,2%, refletindo uma pressão significativa sobre os consumidores.
Os preços dos alimentos ficaram praticamente estáveis em 0,1% em agosto, após um aumento de 0,2% em julho. No acumulado anual, os preços dos produtos alimentícios subiram 2,1%. A alimentação fora de casa registrou um aumento de 0,3% no mês, enquanto a alimentação no domicílio permaneceu estável.
Por outro lado, os preços de energia caíram 0,8% em agosto, após uma estabilidade em julho, e estão 4% abaixo do nível registrado em agosto de 2023.
Perspectivas e impacto econômico
O CPI de agosto sugere uma inflação relativamente estável, com sinais de desaceleração no índice anual, o que pode influenciar as decisões de política monetária do Federal Reserve. A estabilidade nos preços de energia e a modesta alta nos preços alimentícios e de habitação serão pontos cruciais para monitorar os próximos passos do banco central.
O dado afastou boa parte das apostas do mercado financeiro em um corte mais agressivo da taxa básica de juros dos EUA pela autoridade monetária no encontro da semana que vem.
Por aqui, a repercussão dos dados de inflação americanos e do volume de serviços no Brasil pressionam as taxas futura de juros curtos, que sobem desde o início do dia, embora não tenha afetado significativamente o posicionamento dos agentes de mercado me perspectiva por um aumento da taxa Selic na semana que vem pelo Banco Central do Brasil .
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