Inflação nos EUA deve contaminar expectativas de juros por aqui
Números indicando a trajetória da pressão sobre os preços americanos devem ser o ponto focal de atenção dos investidores nesta quarta-feira. O consenso do mercado aponta para uma aceleração da inflação nos Estados Unidos em agosto que passaria dos 0,2% registrados em julho para 0,6% agora...
Números indicando a trajetória da pressão sobe os preços americanos devem ser o ponto focal de atenção dos investidores nesta quarta-feira. O consenso do mercado aponta para uma aceleração da inflação nos Estados Unidos em agosto que passaria dos 0,2% registrados em julho para 0,6% agora.
A alta do petróleo nas últimas semanas deve pressionar o número para cima, por isso, a leitura sobre o núcleo do CPI (Índice de Preços ao Consumidor) também deve ser um item relevante para as negociações. A expectativa é que o levantamento que desconsidera alimentos e combustíveis deve permanecer em 0,2% mês contra mês. Surpresas negativas, com inflação acima da esperada, devem mexer com as apostas para a próxima reunião do FED para decisão sobre os juros.
Atualmente, o mercado considera praticamente certa a manutenção dos juros básicos americano em 5,50% ao ano no encontro do banco central na semana que vem. No entanto, sinalizações de uma pressão sobre os preços mais persistente podem mudar o cenário, principalmente, no que diz respeito à reunião de novembro do colegiado e levar os investidores a precificarem mais um aumento nas taxas.
O efeito para o Brasil seria de uma revisão das expectativas por aqui também e pode levar a um incremento nos juros futuros esperados para o próximo ano. Atualmente, o mercado nacional precifica o final do ciclo de cortes com a Selic entre 9,25% e 9,50%, em outubro do ano que vem.
No Congresso Nacional, a Câmara dos Deputados deve apreciar o PL 3626/23, que tributa as apostas esportivas online. De acordo com o Projeto de Lei Orçamentária Anual, o governo deve arrecadar em torno de R$ 1,6 bilhão no ano que vem com as novas cobranças. A Fazenda, no entanto, estima que essa arrecadação pode chegar a R$ 12 bilhões.
No campo das commodities, o petróleo continua a escalada de preços e sobe mais 0,61% neste manhã, cotado a US$ 92,62 o barril do tipo Brent. A AIE (Agência Internacional de Energia) divulgou relatório externando preocupação com os preços do combustível após os cortes anunciados pela Arábia Saudita. De acordo com a agência, “um aumento esperado na demanda global de petróleo de 1,5 milhões de barris por dia (mb/d) na segunda metade deste ano em relação aos níveis do 1º semestre eclipsará a oferta em 1,24 mb/d. Apesar da difícil situação econômica, a China parece estar no caminho para ser responsável por 75% do aumento da procura mundial de petróleo este ano“.
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