Inflação e arcabouço fiscal devem balizar negócios na semana
A semana começa com inflação medida pelo IGP-DI (Índice Geral de Preços - Disponibilidade Imediata) da Fundação Getúlio Varga e o tradicional boletim Focus do Banco Central. Investidores devem acompanhar com atenção os dados que podem afetar as taxas de juros futuros...
A semana começa com inflação medida pelo IGP-DI (Índice Geral de Preços – Disponibilidade Imediata) da Fundação Getúlio Varga e o tradicional boletim Focus do Banco Central. Investidores devem acompanhar com atenção os dados que podem afetar as taxas de juros futuros.
O IGP-DI deve registrar deflação de 2,61% na leitura anual, o que seria a maior retração dos preços medidos pelo indicador desde o início da pesquisa em 1944. A comparação de abril com o mês de março também deve mostrar queda na inflação de 1,06%.
No caso do Boletim Focus, a ser divulgado às 8h30 de hoje, a expectativa é pelo número da inflação esperada pelo mercado no ano que vem. Na edição passada, economistas e especialistas ouvidos pelo Banco Central mantiveram a pressão sobre os preços dentro dos limites da meta de inflação para o ano que vem, o que pode ser visto pela autarquia como um movimento em direção a ancoragem das expectativas do mercado – condição apontada pela autoridade monetária para redução das taxas de juros.
Além disso, a semana ainda deve ter a apresentação do relatório do projeto do arcabouço fiscal pelo deputado Cláudio Cajado (PP-AL). O parlamentar deve rever as isenções previstas na proposta original e alterar o texto para incluir mecanismos de punição ao governo, caso haja desrespeito à lei. De acordo com o deputado, o documento deve ser apresentado até quarta-feira. Na sexta-feira, os investidores ainda acompanham os números da indicador oficial de inflação por aqui (IPCA). A estimativa do mercado é de continuidade no movimento de desinflação com a pressão sobre o preços no acumulado de doze meses mais próxima da meta de 2023 (3,25%). O consenso indica uma inflação de 4,11% na leitura anual e 0,54% para o mês de abril.
No exterior, os números do CPI (Índice de Preços ao Consumidor) também devem mexer com os mercados. A inflação por lá devem mostrar nova queda no acumulado de doze meses, mas, se confirmadas as expectativas do mercado, a velocidade do processo pode preocupar. Para o índice cheio, espera-se estabilidade em 5% nos últimos doze meses, enquanto que o núcleo da inflação americana deve recuar dos 5,6% registrados no mês passado para 5,5% no acumulado até abril.
Hoje, commodities apresentam recuperação de preços com o minério de ferro subindo mais de 6,5% na primeira parte da sessão em Singapura, cotado a US$ 105,25 a tonelada. O petróleo tipo Brent também operava em alta, aos US$ 76,88 o barril (+2,10%, na comparação com o fechamento de sexta-feira).
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