Inflação de 2023 corta R$ 4,4 bilhões das despesas primárias
O Ministério do Planejamento e Orçamento anunciou que a inflação de 2023 implicará em um reajuste de R$ 28,0 bilhões no limite de despesas primárias do Poder Executivo para 2024...
O Ministério do Planejamento e Orçamento anunciou que o resultado da inflação de 2023 reajustou para R$ 28 bilhões o limite de despesas primárias do Poder Executivo para 2024.
Na prática, o valor é R$ 4,4 bilhões abaixo dos R$ 32,4 bilhões projetados inicialmente.
As informações foram confirmadas pela pasta em no início da tarde desta quinta-feira (11).
Inicialmente, o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) estimava uma inflação no patamar de 4,85%.
O cálculo tomou como referência o IPCA acumulado julho de 2022 e julho de 023, que alcaçou 3,16%.
“O resultado de 4,62% auferido pelo IBGE para 2023, verifica-se uma diferença de 1,46 p.p., o que ajusta as dotações orçamentárias e do respectivo limite de despesa em R$ 28,0 bilhões”, justifica o Planejamento.
Inflação em 2023
O Brasil teve uma inflação acumulada de 4,62% em 2023. O resultado vem dentro do intervalo da meta de inflação para o ano, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).
É a primeira vez que a meta foi cumprida desde 2020. Em 2021 e 2022, o índice superou o teto da meta.
Os dados são do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, divulgado nesta quinta-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Veja o resultados por grupo:
- Alimentação e bebidas: 1,11%
- Habitação: 0,34%
- Artigos de residência: 0,76%
- Vestuário: 0,70%
- Transportes: 0,48%
- Saúde e cuidados pessoais: 0,35%
- Despesas pessoais: 0,48%
- Educação: 0,24%
- Comunicação: 0,04%
O resultado da inflação foi recebido com festa pela equipe econômica. No Ministério da Fazenda, em Brasília, o entendimento geral é de que o resultado dentro da meta é mais um argumento que o chefe da pasta, Fernando Haddad, pode usar nas negociações da agenda com o Congresso, por exemplo.
Além disso, a inflação dentro da meta após três anos será usada como defesa do governo e da política fiscal e econômica adotadas durante o primeiro ano do terceiro mandato do presidente Lula.
Tebet comemorou o resultado da inflação dentro da meta.
“Vilã dos mais pobres, inflação de 2023 fica em 4,62% e volta para dentro do intervalo da meta depois de dois anos”, comentou.
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