Inflação de 0,73% em dezembro surpreende negativamente o mercado
A inflação em dezembro, que subiu 0,73% e terminou o ano com alta de 10,06%, surpreendeu negativamente economistas e analistas de mercado. A previsão média entre bancos e corretoras era de que a taxa aumentaria 0,64%. O resultado no mês reforçou as apostas de que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve terminar 2022 acima do teto de meta, de 5%...
A inflação em dezembro, que subiu 0,73% e terminou o ano com alta de 10,06%, surpreendeu negativamente economistas e analistas de mercado. A previsão média entre bancos e corretoras era de que a taxa aumentaria 0,64%. O resultado no mês reforçou as apostas de que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve terminar 2022 acima do teto de meta, de 5%.
Em relatório aos clientes, o Bradesco afirmou que o resultado do IPCA em dezembro “mantém as preocupações com a inflação“. A instituição financeira esperava uma alta de 0,63% no mês.
“O IPCA mostrou alta de 0,73% em dezembro, encerrando 2021 com elevação de 10,06%, conforme divulgado há pouco pelo IBGE. Esse resultado, acima do esperado pelo mercado (0,64%), mantém as preocupações com a inflação”, informou o banco.
O economista da JF Trust, Eduardo Velho, estimou que o IPCA terminará 2022 com alta de 5,94%, acima do teto da meta. Segundo ele, os dados recentes mostram que ainda há uma pressão inflacionária que obrigará o Banco Central (BC) a subir os juros para um nível acima de 12%.
“A inflação de dezembro superou as expectativas e deve reforçar não somente o viés de alta dos juros futuros, mas também nosso cenário de Selic mínima de 12% até maio. Nossa estimativa é de alta de 5,94% do IPCA em 2022 e juros de 12,5%. Os núcleos do IPCA seguem muito elevados para a trajetória de metas, e devem reforçar revisão para cima das expetativas do mercado”, disse.
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