Ibovespa tem quinta queda consecutiva
No acumulado do período, o indicador da bolsa de valores brasileira está em -2,58% em meio a preocupações com o fiscal e com o combate à inflação
O principal índice acionário brasileiro registrou o quinto pregão consecutivo no vermelho. O Ibovespa encerrou o dia em queda de 0,73%, aos 124,7 mil pontos, em linha com as bolsas americanas que reverteram o bom humor do começo da manhã após novos dados apontarem aquecimento econômico nos Estados Unidos.
O início do dia foi marcado pela reação positiva dos investidores em bolsa com o resultados da gigantes da tecnologia Nvidia. As ações da companhia chegaram a subir 11,97% na máxima do dia e encerraram o pregão com 9,32% de valorização. Números do PMI (Índice de Gerente de Compras) acima do esperado pelo mercado e em território de expansão econômica azedaram o bom humor dos investidores, com a perspectiva de que o FED (Federal Reserve) pode ter que atrasar ainda mais o início dos cortes de juros nos Estados Unidos para conter a economia.
No Brasil, no entanto, nos últimos cinco dias, o Ibovespa acumula 2,58% de queda. Nesta quinta-feira, 22, o índice acompanhou as bolsas americanas nas quedas. As principais forças negativas por aqui ficaram com Vale (-0,60%), Petrobras (-1,00% PN; 0,85% ON) e bancos em geral. Na ponta positiva, Suzano (+3,68%), que recuperou parte das quedas recentes, B3 S.A. (+0,45%) e Lojas Renner (+2,21%) foram as contribuições mais importantes.
Os juros futuros, no entanto, operaram descolados parcialmente da dinâmica americana. Enquanto a curva futura nos Estados Unidos abria com taxas mais altas, por aqui, as taxas caíam, aparentemente, recalibrando exageros recentes.
Os vencimentos mais curtos cederam até 2 pontos base, enquanto que os mais longos chegaram a recuar até 15 pontos base. Parte do movimento, pode ser explicado pelas declarações de autoridades sobre o compromisso com a meta de inflação de 3%, após reclamações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de que a meta era “exigentíssima” acenderem um alerta sobre o tema.
No meio da tarde, a ministra do Planejamento, Simone Tebet, deu declarações reforçando a postura do governo de busca pelo déficit primário zero e pela meta de inflação de 3%. As falas acalmaram o mercado de renda fixa e aceleraram as correções.
O dólar encerrou o dia próximo à estabilidade, em leve queda de 0,13%, cotado a 5,14 reais. O dia foi de recuperação das moedas emergentes contra a divisa americana, com 13 de uma lista com 22 com valorização frente ao par dos Estados Unidos.
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