O principal índice acionário brasileiro encerrou os negócios desta segunda-feira, 27, em alta de 0,15%, aos 124,5 mil pontos. Com o resultado do dia, o indicador quebra as trilha de seis sessões com fechamentos consecutivos de perdas.

Do lado positivo, Vale (+0,34%) e Petrobras +1,09% PN; e 1,02% ON) lideraram as contribuições para o Ibovespa. Na ponta oposta, Itaú (-0,35%), Rede D’Or (-1,52%) e JBS (-1,36%) e puxaram os papéis detratores de maior peso na sessão.

Os juros futuros recuaram até 12 pontos base nos vencimentos intermediário e longos da curva. Aparentemente, as falas do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, durante evento em São Paulo tranquilizaram os investidores.

De acordo com Campos Neto, a desancoragem nas expectativas de inflação estão mais relacionadas a ruídos recentes, mas as estimativas devem voltar a se estabilizar e melhorar em breve. Apesar disso, as apostas do mercado financeiro para a Selic continuam desconsiderando um novo corte na taxa básica de juros neste ano.

Nesta terça-feira, 28, os investidores devem acompanhar com atenção os números do IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15), também conhecido com prévia da inflação oficial. Nas declarações desta segunda-feira, Campos Neto destacou o bom comportamento da pressão sobre os preços apesar da preocupação com a inflação de serviços.

A expectativa dos analistas e economista consultados pela Bloomberg para o IPCA-15 é de aceleração na leitura mensal, com o índice em 0,47% em maio, depois de marcar 0,21% em abril. Na leitura anual, no entanto, o consenso é de que o indicador aponte leve queda, de 3,77% para os 12 meses terminados em abril para 3,74% para o mesmo período encerrado em maio.

O dólar encerrou o dia praticamente estável, cotado a 5,17, em dia de feriado (Memorial Day) nos Estados Unidos. Apesar da liquidez reduzida, o índice da moeda americana DXY, que compara a divisa com uma cesta de países avançados, encerrou o dia em leve queda de 0,13%.