O principal índice acionário brasileiro encerrou a quinta-feira, 22, em queda de 0,95%, aos 135.173 pontos, após três dias consecutivos de renovação de máximas históricas. O dia foi de realização de lucros na bolsa local e antecipação a falas de Jerome Powell, do FED (Federal Reserve) e Roberto Campos Neto (Banco Central do Brasil), no Simpósio de Jackson Hole, nos Estados Unidos.

Apenas 9 das 85 ações que compõem o Ibovespa enceraram as negociações em alta na sessão. O destaque positivo ficou com Weg (+1,44%), Embraer (+2,15%) e Vale (0,14%). Na ponta oposta, as principais contribuições negativas do índice ficaram com Petrobras (-2,47% PN; -2,33% ON), Banco do Brasil (-3,84%) e B3 S.A. -3,24%).

Juros ainda controlam as mentes

Por aqui, os diretores do BC, Gabriel Galípolo e Diogo Guillen, participaram de eventos públicos em que calibraram as falas para evitar que a assimetria de riscos do balanço da autoridade monetária seja visto com uma antecipação da necessidade de uma alta na Selic no mês que vem.

Ambos destacaram o ponto nas falas. Galípolo ainda foi mais incisivo e, apesar de destacar que está satisfeito com a repercussão das falas dele, não está sancionando expectativas e projeções sobre a política monetária.

Nesta quinta-feira, 22, os juros futuros subiram para todos os vencimentos. A precificação do mercado manteve a expectativa de uma alta de 0,25 ponto percentual na reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) em setembro e as chances de um aumento maior em 30%.

As opções de Copom da B3 continuam o movimento que indica aumenta das probabilidades de um aumento de 0,25 p.p. na Selic (44%), enquanto as expectativas para manutenção da taxa e aumento de 0,50 p,p. cederam para 28%.

Dólar volta a castigar real

A moeda americana voltou a se apreciar contra a brasileira, que registrou a pior performance entre um grupo de 23 emergentes. O dólar avançou 1,70% e encerrou o dia cotado a 5,58 reais.