Ibovespa fecha em queda e adia novo topo histórico
Índice ainda está a apenas 0,18% de alta para alcançar a nova marca, mas preocupação com juros tem pesado sobre papéis do grupo
O principal índice acionário brasileiro interrompeu a sequência de oito altas consecutivas com uma leve queda de 0,15%, para encerrar a sexta-feira, 16, aos 133.953 pontos. Agora, o indicador está a uma alta de 0,18% de distância do recorde histórico, estabelecido em 27 de dezembro de 2023.
Apesar da sessão no vermelho, o Ibovespa encerrou a semana em alta de 2,56%, com os maiores ganhos individuais no período ficando com as ações do IRB (+52,38%), BRF (+10,81%) e JBS (+9,43%). Dos 84 papéis que compõem o indicado, 50 deles fecharam o acumulados desses últimos cinco dias no postivo.
Na ponta oposta, Natura &Co (-16,33%), Localiza (-12,79%) e Cogna (-12,50%) registraram as baixas mais significativas do período.
Juros futuros apostam em Selic mais alta
As dificuldades do governo para equilibrar as contas públicas, a depreciação cambial recente, o aquecimento da economia nacional com a capacidade de produção perto do esgotamento têm pressionado as previsões sobre inflação e trazido a hipótese de uma alta da Selic em setembro para o campos majoritário.
Isso, somado às falas mais duras de membros do Banco Central, inclusive do diretor de Política Monetária, Gabriel Galípolo, fizeram a precificação da curva de juros apontar 32 pontos base de alta na taxa básica no próximo mês. Rapidamente, a discussão sobre manutenção ou alta da Selic em setembro se moveu para quanto será o ajuste na taxa.
As opções de Copom negociadas na B3, que até o fechamento de quinta-feira, 15, mantinham as apostas na manutenção da Selic em 10,50% como majoritárias também foram revistas. Agora, as probabilidades para uma alta de 0,25 p.p. lideram os palpites com 38% de chances, seguidas por manutenção em 31,50% e +0,50 p.p com 29% de chance.
Dólar recua na semana
A moeda americana arrefeceu na semana e fechou o período em queda de pouco mais de 0,60%, cotado a 5,47 reais. Mesmo assim, os investidores temem que o nível atual seja um novo piso para a divisa dos Estados Unidos contra o real.
Na semana passada, o dólar caiu 3% contra a moeda brasileira. Nos últimos dias, porém, foram duas altas e a sexta-feira, 16, praticamente estável com leve queda.
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