Ibovespa descola de alta em Wall Street e registra queda
Juros futuros seguiram dinâmica internacional e apontam para Selic a 9,50% no fim de 2024. Dólar recuou levemente para 4,93 reais
O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores brasileira, encerou esta quarta-feira, 7, em queda de 0,43%, aos 128,3 mil pontos contrariando a tendência de alta observada em Wall Street. As ações da Petrobras (-0,53% ON e -1,10% PN), do Itaú (-1,05%) e da Vale (-0,34%) foram as principais contribuições negativas para o indicador.
A petroleira brasileira divulga balanço do quarto trimestre nesta noite e reagiu também ao dia negativo para os preços do petróleo. Há apreensão entre analistas e investidores pela definição sobre o pagamento de dividendos extraordinários após o presidente da companhia, Jean Paul Prates, indicar que a estatal deve adotar cautela com pagamento de proventos.
Na ponta positiva, Localiza (+3,58%), BRF (+1,49%) e B3 S.A. (+0,57%) amenizaram a queda do Ibovespa e lideraram as contribuições.
Juros futuros vêem Selic em 9,5% no fim do ano
O mercado de juros local operou à espera da divulgação do relatório do Payroll, nesta sexta-feira, 8, aguardando os dados do relatório de empregos dos EUA para direcionar as movimentações.
A curva do DI futuro indica uma taxa Selic terminal de aproximadamente 9,5% até o final de 2024. Durante o dia, o presidente do FED (Federal Reserve) Jerome Powell, afirmou que os cortes de juros podem e devem começar em 2024. No entanto, ponderou sobre os riscos de iniciar um ciclo de cortes muito cedo.
O dólar apresentou uma leve queda diante do enfraquecimento do índice da moeda, em um cenário marcado pela expectativa do payroll nos EUA e encerrou a sessão cotado a 4,93 reais. .
BCE mantém juros inalterados e projeta inflação na meta em 2025
O BCE (Banco Central Europeu) decidiu manter inalterada a taxa de depósitos em 4%, conforme esperado. No entanto, as perspectivas mais brandas para inflação e crescimento aumentaram as expectativas de um corte nos juros em junho. O BCE agora projeta uma inflação na meta de 2% até 2025.
Outros destaques do dia
- O IGP-DI de fevereiro apresentou uma variação anual de -4,04%, levemente das estimativas que eram de -3,99%;
- O superávit primário consolidado de janeiro ficou em 102,1 bilhões de reais, acima da estimativa de 96,7 bilhões reais;
- Dívida líquida recuou em janeiro de 60,8% em dezembro do ano passado para 60% no primeiro mês de 2023.
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