Ibovespa abre o mês em queda e dólar vai a R$ 5,05
Juros futuros locais acompanharam alta americana após dados econômicos apontarem resiliência da economia nos EUA
Principal indicador acionário do país encerrou a primeira sessão de abril em queda de 0,87%, aos 127 mil pontos. Entre as principais contribuições para o fechamento no vermelho Itaú (-3,46%), Localiza (-3,71%) e Eletrobras (-1,89%) foram as principais contribuições.
As gigantes da bolsa brasileira Vale (+0,64%) e Petrobras (+0,78% PN; +0,73 ON) pesaram do lado positivo, mas não foram suficientes para evitar a queda na sessão.
O movimento no mercado de renda variável foi impulsionado por dados mais fortes na economia americana que levaram os investidores a intensificarem as apostas em um atraso maior para o início dos cortes nas taxas básicas americanas.
Isso provocou um aumento dos juros futuros para prazos mais longos nos Estados Unidos e pesou sobre o S&P 500, índice que reúne as principais empresas americanas listadas em bolsa, para o terreno negativo. A pressão sobre as taxas também afetou a curva futura brasileira que seguiu a americana com juros em alta.
Juro brasileiros acompanharam movimento nos Estados Unidos
A precificação do mercado para a Selic no ano permaneceu perto de 9,75% ao ano, mas os juros para vencimentos mais longos chegaram a subir mais de 10 pontos base no fechamento dos negócios, indicando pouco espaço para o Banco Central cortar juros agora e no futuro.
Dólar no maior patamar em cinco meses
O dólar voltou a subir contra o real, com o ganho de força da moeda americana em função da alta nos rendimentos dos título públicos nos Estados Unidos. A divisa estrangeira teve um dia de avanço sobre praticamente todas as moedas do planeta, com destaque para as emergentes.
A moeda americana encerrou o dia em alta de 0,8%, cotada a 5,05 reais, no maior patamar desde outubro do ano passado.
Payroll na sexta-feira deve definir semana
O mercado financeiro agora volta as atenções para os próximos dados do mercado de trabalho americano, com especial expectativa para o relatório de empregos (Payroll) a ser divulgado na sexta-feira, 5. Os dados devem oferecer novas pistas sobre os rumos da economia dos Estados Unidos e, consequentemente, das políticas monetárias futuras do FED (Federal Reserve).
Por aqui, investidores estão atentos ao Boletim Focus nesta terça-feira (2).
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