O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, voltou defender a redução da taxa básica de juros, em nova crítica velada ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto – que tem sido alvo de críticas pelo governo petista.

Haddad falou em evento do BTG Pactual na manhã desta quarta-feira (15).

Segundo o ministro, a redução na taxa de juros – hoje de 13,75% – destravaria investimentos, como Políticas Público-Privadas (PPPs) e concessões.

“A situação hoje é melhor que a de um mês atrás, embora as expectativas estejam muito contaminadas por esse ruído todo. Mais do que lamentar [a atual conjuntura], eu lamento ainda mais de a autoridade monetária se deixar levar por isso [e manter a atual taxa de juros]”, disse Haddad.

“Pega 2022. Todos os países com meta de inflação, ninguém cumpriu. Quem mais se aproximou fomos nós, porque socamos a taxa de juros lá para cima, mas a um custo enorme”, declarou.

“Temos algumas matrizes no Ministério da Fazenda: uma fiscal e outra creditícia. Nós vamos soltar várias iniciativas de crédito em parceria com o Banco Central, ou iniciativas próprias da Fazenda. (…) A [matriz] regulatória, para destravar investimento, exige, me perdoem, a redução da taxa de juros”, disse Haddad.