Guedes: “Se você tira o teto primeiro, bota fogo no país”
Paulo Guedes afirmou há pouco que a discussão sobre mudanças no teto de gastos não pode começar agora, quando a dívida do Brasil chega a quase 100% do PIB...
Paulo Guedes afirmou há pouco que a discussão sobre mudanças no teto de gastos não pode começar agora, quando a dívida do Brasil chega a quase 100% do PIB.
Em audiência no Congresso, o ministro disse que o investimento público tem sido sufocado pelo aumento das despesas correntes.
“Com o teto de gastos, como as despesas correntes estão crescendo o tempo inteiro, quem paga o pato são os investimentos públicos, que estão em queda há 25 anos. Os investimentos chegaram a ser 15% do PIB, e hoje estão em 1,5%, 1%. Os investimentos públicos federais são 0,6% do PIB. Se nós triplicarmos, não é nada. É um número ainda muito baixo.”
Para Guedes, a discussão sobre submeter apenas as despesas correntes ao teto “parece interessante”, mas somente se o Brasil estivesse em “outro estágio do nosso controle orçamentário”.
“A questão de rever teto não pode ser quando a dívida está chegando a 100% do PIB, uma gastança generalizada por razões concretas, de Saúde, plenamente explicáveis, mas não é hora de você tirar a última âncora fiscal que existe.”
O ministro da Economia também afirmou a discussão sobre o teto de gastos serviria para a oposição pressionar o governo Bolsonaro.
“Se você falar hoje que vamos estudar [mudanças no teto], o grupo político do Ceará vai atacar o presidente Bolsonaro. ‘Estão querendo investir para ganhar eleição, tiraram o teto para poder falsificar’. Vai começar isso.”
E acrescentou: “Em economia, a ordem dos fatores altera o produto: se você tira o teto primeiro, bota fogo no país”.
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