Goldman Sachs avalia como baixa probabilidade de BC levar inflação para meta em 2022
O economista-chefe para a América Latina do banco Goldman Sachs, Alberto Ramos, afirmou, em relatório divulgado aos clientes, que as pressões inflacionárias reduzem a probabilidade de o Banco Central levar o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para a meta de 3,5% em 2022...
O economista-chefe para a América Latina do banco Goldman Sachs, Alberto Ramos, afirmou, em relatório divulgado aos clientes, que as pressões inflacionárias reduzem a probabilidade de o Banco Central levar o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para a meta de 3,5% em 2022.
“Num cenário de intensas pressões inflacionárias e agravamento do balanço de riscos, a probabilidade de o Banco Central conseguir conduzir a inflação para a meta de 3,50% em 2022 é, nesta fase, muito baixa”, disse.
O IBGE divulgou hoje que o IPCA-15 teve alta de 1,17% em novembro. Essa é a maior variação para o mês desde 2002, quando o índice foi de 2,08%. No acumulado no ano, a taxa chegou a 9,57% e, em 12 meses, de 10,73%.
“Pressões significativas de preços de custo e insumos, aumento da inflação de serviços, riscos político e fiscal elevados, efeitos de segunda ordem generalizantes e forças inerciais também estão contaminando as perspectivas para a inflação em 2022”, afirmou Ramos.
Diante da piora do ambiente político no Brasil e dos resultados do IPCA de outubro e do IPCA-15 de novembro bem acima do esperado, Ramos espera que BC aumentará os juros em pelo menos 1,5 ponto percentual, para 9,25% ao ano, na reunião de 8 de dezembro.
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