Gol pede recuperação judicial nos EUA
A Gol anunciou nesta quinta-feira, 25, que a companhia e as suas subsidiárias estão entrando com pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos...
A Gol anunciou nesta quinta-feira, 25, que a companhia e as suas subsidiárias estão entrando com pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos.
A companhia aérea afirmou ter iniciado o processo legal conhecido como “Chapter 11”, com um compromisso de financiamento de 950 milhões de dólares na modalidade “debtor in possession” (DIP) por membros do Grupo Ad Hoc de bondholders da Abra, holding que controla a Gol e resulta da junção com a colombiana Avianca, e outros bondholders da Abra.
O Chapter 11 é um processo legal utilizado pelas empresas para levantar capital, reestruturar as finanças e fortalecer operações comerciais no longo prazo, enquanto dão continuidade às suas operações.
Em comunicado, a companhia aérea disse que “espera sair desse processo com um investimento significativo de capital, incluindo os novos 950 milhões de dólares em financiamento DIP, posicionando-a para expandir sua posição como Companhia aérea líder na América Latina”.
Em 2023, a Gol contratou a Seabury Capital, uma das maiores consultorias especializadas em reestruturação de dívida no setor aéreo.
A principal tarefa da Seabury, segundo a Folha de S. Paulo, é buscar uma saída para renegociar a dívida financeira da Gol com os cerca de 25 lessores (arrendadores de aeronaves).
Qual é o tamanho da dívida da Gol?
Agências de risco dizem que a dívida da Gol é de 20 bilhões de reais. Do total, cerca de 3 bilhões de reais têm vencimento no curto prazo.
Embora enfrente uma escassez de caixa, a companhia aérea disse que “segue cumprindo as suas obrigações em todos os seus empréstimos e financiamentos, sem nenhum atraso nas parcelas de juros ou amortização”.
Como o mercado reagiu ao pedido de recuperação judicial da Gol?
Após a confirmação do pedido de recuperação judicial nos EUA, as ações da Gol encerraram o dia com queda de 3,16%.
As negociações com as ações da companhia aérea chegaram a ser interrompidas para a divulgação do fato relevante confirmando o pedido de recuperação judicial. Ao serem retomadas, elas entraram em leilão em função da forte volatilidade.
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