Gleisi joga a culpa pela alta do dólar no Banco Central (de novo)
O estresse do mercado é reflexo do anúncio atabalhoado do pacote de ajuste fiscal do governo federal
A presidente da Executiva Nacional do PT, Gleisi Hoffmann (foto, ao lado de Lula), foi ao X – antigo Twitter – criticar a postura do Banco Central pela alta do dólar, que chegou ao maior patamar da história nesta quinta-feira, 28.
O estresse do mercado é reflexo do anúncio atabalhoado do pacote de ajuste fiscal do governo federal. Se, por um lado, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, falou em cortes da ordem de 70 bilhões e reais em dois anos; do outro, a equipe econômica sinalizou que vai trabalhar pelo aumento da faixa de isenção do imposto de renda, mas sem detalhar como iria acomodar esse benefício nas contas públicas.
“O BC de [Roberto] Campos Neto não fez nada para conter a especulação desencadeada desde ontem (27) que já levou o dólar a R$ 6. A Fazenda já esclareceu que a isenção de IR até R$ 5 mil será vinculada à nova alíquota para quem ganha mais de R$ 50 mil por mês, sem prejuízo para a arrecadação”, disse Gleisi Hoffmann
“Era obrigação da ‘autoridade monetária’ intervir no mercado contra a especulação desde seu previsível início, com leilões de swap, exigência de depósitos à vista e outros instrumentos que existem para isso. É um crime contra o país”, acrescentou.
Roberto Campos Neto está no final de seu mandato, que expira em 31 de dezembro deste ano. Depois, assumirá o BC Gabriel Galípolo, atualmente diretor de Política Monetária do Banco Central.
A alta histórica do dólar e o feito do governo Lula
A marca simbólica de 6 reais foi cruzada pelo dólar pela primeira vez na história. A moeda americana chegou a marcar 6,009 reais por volta das 11h20, um dia depois de ter fechado na maior cotação da história, 5,91 reais. Após o pico, o dólar voltou para o nível de 5,9 reais.
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