Exclusivo: BB investiu R$ 277 mi na Americanas no fim do governo Bolsonaro
Treze fundos de investimentos do Banco do Brasil são credores da Americanas. Ao todo, esses fundo aplicaram cerca de R$ 277,5 milhões do dinheiro dos cotistas nos papéis da dívida da varejista. Curioso é que as compras se intensificaram a partir de outubro do ano passado...
Treze fundos de investimentos do Banco do Brasil são credores da Americanas. Ao todo, esses fundo aplicaram cerca de R$ 277,5 milhões do dinheiro dos cotistas nos papéis da dívida da varejista. Curioso é que as compras se intensificaram a partir de outubro do ano passado.
O Brasilprev Top TP III FI RF CP, fundo de aposentadoria privada, tem algo perto de R$ 70 milhões investidos nos títulos, o equivalente a pouco mais de 3% do patrimônio líquido total. Em um eventual inadimplemento da dívida por parte da varejista, os cotistas terão um prejuízo imediato acima de 3% nos recursos que estão sendo guardados com a gestora.
Para se ter uma ideia do impacto que isso pode ter no fundo: no dia 12 de janeiro, as cotas do Brasilprev Top TP III FI RF CP caíram 1,65%, o equivalente a R$ 36 milhões dizimados em função da crise da varejista. Antes disso, a maior queda registrada pelo fundo era de 0,04%, em dezembro do ano passado.
De acordo com levantamento de O Antagonista, pelo menos três fundos previdenciários do banco público têm posição no papel, com um prejuízo próximo de R$ 100 milhões, caso as dívidas não sejam honradas. Outros dez fundos de investimentos do banco estão com mais de R$ 170 milhões aplicados.
O Banco do Brasil tem a gestora com o maior volume de recursos investidos em debêntures da Americanas, com R$ 277,5 milhões. A estatal é seguida pelas gestoras do Banco Santander, com cerca de R$ 240 milhões, e do BTG Pactual, com mais de R$ 150 milhões. Ao todo, são mais de R$ 15 bilhões em debêntures ainda nas mãos de fundos de investimento independentes nacionais e internacionais ou ligados a bancos.
A varejista, que já entrou em disputa judicial com o BTG, estuda uma recuperação judicial para renegociar as dívidas com bancos e credores em geral, após a descoberta de “inconsistências contábeis” de R$ 20 bilhões na semana passada. A possível fraude levou Sérgio Rial a abdicar do cargo de CEO da companhia apenas nove dias após a posse.
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