FMI estima que economia da América Latina perdeu fôlego e deve crescer 2,4% em 2022
As economias da América Latina e do Caribe estão perdendo força depois de um forte retorno no ano passado. A afirmação consta em artigo publicado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), que reduziu a estimativa de crescimento da região para 2022 de 3% para 2,4%...
As economias da América Latina e do Caribe estão perdendo força depois de um forte retorno no ano passado. A afirmação consta em artigo publicado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), que reduziu a estimativa de crescimento da região para 2022 de 3% para 2,4%.
O documento é assinado por Anna Ivanova, Jorge Roldos e Ilan Goldfajn, ex-presidente do Banco Central (BC) e diretor para o Hemisfério Ocidental do FMI.
“Uma desaceleração é inevitável à medida que as economias retornam aos níveis de PIB pré-pandemia. Mas o rebaixamento reflete outros desafios, incluindo crescimento mais lento na China e nos Estados Unidos, interrupções contínuas no fornecimento, condições monetárias e financeiras mais apertadas e o surgimento da variante Omicron”, informou o FMI.
Segundo o organismo internacional, a inflação a as incertezas sobre a evolução da pandemia são riscos adicionais para os países da América Latina.
“A incerteza sobre a evolução da pandemia de forma mais ampla continua a lançar uma sombra sobre a recuperação global e na América Latina e no Caribe. As pressões inflacionárias nos Estados Unidos e em toda a região, que podem exigir uma retirada ainda mais rápida da acomodação monetária, a possível mudança no sentimento de risco dos investidores e condições financeiras globais e domésticas mais apertadas também representam grandes riscos para a recuperação”, afirmou o artigo.
Com um calendário eleitoral se aproximando, a agitação social continua sendo um grande risco e a desigualdade precisará ser abordada no debate político, informou o FMI.
“Os países da região devem enfrentar simultaneamente três grandes desafios: garantir a sustentabilidade das finanças públicas; aumentar o crescimento potencial; e fazê-lo de uma forma que promova a coesão social e aborde as desigualdades sociais”, disseram os autores no artigo.
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