Fiscal de volta ao radar com debate sobre reoneração
A movimentação política em Brasília deve concentrar a atenção dos investidores na semana. Nesta segunda-feira, 15, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se reúne com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, para discutir a MP (Medida Provisória) da reoneração...
A movimentação política em Brasília deve concentrar a atenção dos investidores na semana. Nesta segunda-feira, 15, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se reúne com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, para discutir a MP (Medida Provisória) da reoneração.
No Congresso Nacional, os parlamentares viram a edição da medida logo após a derrubada de veto presidencial sobre o mesmo tema como desrespeito à decisão legislativa. Pacheco está sendo pressionado por lideranças a devolver a MP para o governo, que diz estar disposto a negociar para evitar que a MP seja devolvida, mas também tem ameaçado levar a matéria ao STF (Supremo Tribunal Federal).
A situação incerta pressiona também técnicos da equipe econômica a apresentar alternativas de arrecadação para custear os gastos com a desoneração. Caso não apareça solução para o impasse nos próximos dias, a possibilidade de uma alteração na meta de resultado primário deve começar a ganhar corpo, o que pode mexer também com as expectativas para a Selic. Vale lembrar que, atualmente, o mercado tem precificado a taxa básica de juros mais próxima de 9,5% ao ano, após ver esse limite abaixo dos 9% em agosto do ano passado.
Na agenda econômica, o Boletim Focus desta segunda-feira vai trazer uma visão mais clara sobre o efeito do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) acima do esperado na semana que vem. Além disso, na quinta-feira, o Banco Central divulga os dados do IBC-Br, também conhecido como prévia da inflação.
Nos Estados Unidos, a semana começa com feriado de Martin Luther King, que fecha os mercados por lá e deve reduzir a liquidez nas bolsas por aqui. Na agenda, o destaque deve ficar com o Livro Bege do FED (Federal Reserve), que apresenta um panorama das condições econômicas americanas e podem alterar a convicção do mercardo no corte de juros em março.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)