FGTS para ajudar trabalhadores? Nem pensar. O dinheiro é dos ricos e ponto final
No último dia 24, repercutimos uma coluna do economista Pedro Fernando Nery, no qual ele defendia o uso do FGTS para tentar dar fôlego aos trabalhadores de baixa renda, neste momento de incertezas absolutas. São 100 bilhões de reais líquidos em caixa...
No último dia 24, repercutimos uma coluna do economista Pedro Fernando Nery, no qual ele defendia o uso do FGTS para tentar dar fôlego aos trabalhadores de baixa renda, neste momento de incertezas absolutas.
São 100 bilhões de reais líquidos em caixa.
Disse Nery:
“Se R$ 100 bilhões do FGTS fossem distribuídos entre esses 30 milhões de trabalhadores (descontados funcionários de estatais e aquelas com renda acima de dois salários mínimos), teríamos algo como R$ 3 mil. É possível então pagar um salário mínimo para cada um deles por três meses, ou R$ 1.500 por dois meses – por exemplo. Pelas regras atuais, esse dinheiro não pertence aos trabalhadores, financiando empreendimentos de empreiteiras. Para ser liberado, é preciso lei.”
Ideia posta em circulação, a reação veio na forma de um anúncio do ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho. Ele disse no Twitter que o ministério “fez mudanças no financiamento do Minha Casa, Minha Vida. Agora, os subsídios serão bancados integralmente com o FGTS. Vamos garantir a manutenção das contratações. São aproximadamene aproximadamente 330 mil novas moradias somadas a outras 230 mil casas já anunciadas em dezembro.” Nada de dinheiro do Tesouro, portanto.
É vergonhoso. Em meio a esta tormenta, a dinheirama do FGTS — que pertence aos trabalhadores — continuará a ir para o bolso da empreita. É o mais perverso programa de transferência de renda de pobres para ricos do Brasil. Programa oficial.
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