FED mantém taxa em 5,5% e aguarda dados para iniciar cortes
No gráfico de pontos, membros do colegiado se dividiram entre um e dois corte ainda este ano, contra três cortes previstos na reunião de março
O FED (Federal Reserve) manteve a taxa básica de juros americana em 5,50%, como esperado pelo mercado, na decisão desta quarta-feira, 12. O comunicado da autarquia também não apresentou mudanças significativas na comparação com o texto divulgado após a reunião de maio.
O documento apontou que houve algum progresso no processo deflacionário, mas ainda não há segurança para o início do afrouxamento da política monetária americana. “Inflação caiu no ano que passou, mas se mantém em patamar elevado. Nos meses recentes, houve um avanço modesto em direção à meta de 2% de inflação do Comitê“, diz a nota.
O texto voltou a afirmar que a autarquia continua atuando em resposta aos dados de inflação e atividade econômica para calibrar os juros. “Considerando quaisquer ajustes no intervalo da taxa de juros, o Comitê avaliará cuidadosamente os dados recebidos, a evolução das perspectivas e o balanço de riscos”, afirmou o FED.
Neste encontro, a autarquia também divulgou um novo gráfico de pontos, que sinalizou uma divisão entre os membros do FED entre os que esperam apenas um corte nas taxas de juros nos EUA este ano e os que esperam dois. Em março, o gráfico apontava para três reduções ao longo deste ano.
No total, oito autoridades esperam que a taxa básica seja reduzida em 0,50 ponto percentual ainda em 2024, ou seja, dois cortes de 0,25 p.p., enquanto outros sete membros projetam uma redução de apenas 0,25 p.p. antes de 2025. Outros quatro preveem que os juros vão permanecer no patamar atual.
Para o fim de 2025, nove dirigentes preveem juros entre 4% e 4,25% ao ano até o fim de 2025; enquanto outros quatro esperam que as taxas terminem o período acima desse nível.
A decisão americana teve pouco impacto nas expectativas para os juros por aqui, que continuam respondendo com alta nas taxas, após uma mensagem de Lula indicar um ajuste fiscal via crescimento do PIB e queda dos juros.
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