FED corta juros nos EUA e dólar bate novo recorde
Recorde da moeda americana também responde ao início da votação dos textos sobre o pacote de corte de gastos do governo Lula
O dólar operou em alta nesta quarta-feira, 18, e tocou R$ 6,25 no dia em que o FED (Federal Reserva dos Estados Unidos), o banco central dos EUA, cortou os juros do país em 0,25 ponto percentual para a faixa de 4,25% a 4,50% ao ano.
A redução da taxa de juros foi a terceira consecutiva nos Estados Unidos.
“Desde o início do ano, as condições do mercado de trabalho se suavizaram, e a taxa de desemprego aumentou, mas permanece baixa. A inflação avançou em direção à meta de 2% do Comitê, mas ainda está um pouco elevada”, disse o Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC).
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Pacote fiscal
O recorde do dólar, porém, não ocorre apenas como resposta à decisão do FED de ter cortado a taxa de juros nos EUA.
A moeda americana já vinha subindo desde a abertura do mercado, horas após a Câmara dos Deputados começar a aprovar o pacote fiscal apresentado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Por 318 votos favoráveis e 149 contrários, a Casa aprovou uma proposta que proíbe a ampliação de benefícios fiscais em caso de prejuízo nas contas públicas.
Parte dos governistas, contudo, atribuiu a alta do dólar à alegação de que o recorde foi atingido como consequência de uma fake news com declarações falsas de Gabriel Galípolo, futuro presidente do Banco Central.
Pressionado, Haddad também adotou a narrativa de “especulação” para justificar a subida da moeda:
Há contatos conosco falando em especulação, inclusive jornalistas respeitáveis falando disso. Eu prefiro trabalhar com os fundamentos, mostrando a consistência do que nós estamos fazendo em proveito do arcabouço fiscal para estabilizar isso. Mas pode estar havendo”, comentou Haddad.
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Comentários (1)
ADONIS SINICIO JUNIOR
18.12.2024 17:08O objetivo do PT é claro. Destruir a economia de mercado e implementar a "justiça social plena". Ainda bem que o caminho é conhecido, Venezuela, Cuba e outros já passaram por ele. Não teremos surpresas.