Expectativa por juro mais alto derruba dólar
Moeda americana caiu quase 1% na sessão para encerrar o dia cotada a 5,51 reais, menor patamar em 18 dias
A moeda americana caiu quase 1% com as apostas de uma política monetária mais restritiva a partir da quinta-feira, 19, quando o dia começará sob uma nova meta para a taxa Selic. O Copom (Comitê de Política Monetária) inicia a reunião que definirá o novo patamar dos juros básicos na terça-feira, 17.
A aposta majoritária no mercado financeiro permanece sendo a de um reajuste de 0,25 ponto percentual na taxa, com 77% de probabilidade segundo as opções de Copom negociadas na B3. A precificação da curva de juros também dá como certa a elevação da Selic de 10,50% ao ano para 10,75% na quarta-feria, 18, quando o colegiado anuncia o novo patamar da taxa. Além disso, o Boletim Focus da segunda-feira, 16, também confirmou o ajuste de mesma magnitude.
Com o mercado uníssono e fechado em uma alta dos juros brasileiros no exato momento de um provável corte da taxa americana, as operações de carry trade voltaram a ganhar força, o que ajudou a apreciar o câmbio. Nessa estratégia, os investidores globais procuram capital em países com juros mais baixos, como o Japão, por exemplo, e investem esses recursos em países emergentes com taxas altas, como o Brasil.
Na sessão desta segunda-feira, 16, o real registrou a melhor performance em uma cesta com 23 divisas de países emergentes. Na comparação com as principais moedas globais, também foi a brasileira o destaque das negociações. O dólar encerrou o dia valendo 5,51 reais, menor patamar em 18 dias.
Outro fator que impulsionou a recuperação do real no dia foi a alta no preço das commodities, com o barril de petróleo tipo Brent, referência para a Petrobras, em alta de quase 2% no dia, cotado a 73 dólares, e o minério de ferro com ganhos de 0,60%, negociado levemente acima de 92 dólares a tonelada.
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