Expectativa de presidente mais ao centro com 2º turno; investidores agradecem
Os resultados do primeiro turno da corrida presidencial devem trazer uma perspectiva positiva para os mercados nesta segunda-feira.
Os resultados do primeiro turno da corrida presidencial devem trazer uma perspectiva positiva para os mercados nesta segunda-feira. O resultado, bastante mais apertado que o apontado nas pesquisas eleitorais (Lula 48,4% dos votos e Bolsonaro com 43,2%), deve auxiliar em um movimento mais ao centro para ambos os candidatos. Essa perspectiva é vista como positiva por boa parte do mercado, que teme um exagero populista com possíveis consequências fiscais ruins para o país.
Por esse motivo, a abertura da bolsa brasileira deve ser em alta com juros futuros em queda. No exterior, o ETF que replica o índice MSCI Brazil negociado em Luxemburgo subia mais de 4% com a confirmação do segundo turno eleitoral. Na Irlanda, a alta em ETF similar era de mais de 2%.
Enquanto isso, ações na Europa caem com rumores de uma possível falência do banco Credit Suisse, que durante o final de semana promoveu conversas com investidores e credores para tentar acalmar o mercado (aparentemente, sem sucesso). O CDS (Credit Default Swap) da instituição financeira, que aponta o risco de solvência do banco percebido pelo mercado, saltou para um dos mais altos níveis história. Além disso, os preços da ações do Credit Suisse estão na mínima de todos os tempos e chegaram a despencar 11% mais cedo.
Os risco de recessão em função da postura mais contracionistas dos principais bancos centrais do mundo também tornam a sessão desafiadora para os investidores globais. Nem o aceno do governo britânico, com a volta da alíquota máxima do imposto de renda ajudou a dissipar o mau humor (embora a libra tenha se fortalecido após o anúncio). Nos Estados Unidos, os índices futuros de Wall Street apontam para uma pregão de novas perdas para hoje.
No campo das commodities, o petróleo tipo Brent subia quase 4% (cotado a US$ 88,44), às 8h, após conversas de que a OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) deve cortar a produção em 1 milhão de barris diários. O preço do minério de ferro, no entanto, caía praticamente 2%, em Singapura. Entre as agrícolas, milho e trigo apresentavam altas por volta de 1%.
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