“Está corado”, diz Haddad sobre Lula. Já o pacote fiscal…
Após visitar o presidente, ministro da Fazenda se une aos esforços da equipe médica para garantir que Lula está bem (ou ao menos melhor do que o pacote de corte de gastos)
Fernando Haddad (foto) passou na casa de Lula, em São Paulo, na manhã desta segunda-feira, 16. Segundo o ministro da Fazenda, ele foi informar ao presidente, que se recupera de cirurgia de emergência na cabeça e ainda não voltou a Brasília, a quantas anda a aprovação do pacote fiscal do governo no Congresso Nacional.
“Expus para ele a situação da reforma tributária, o estado da arte, o que está para ser decidido pela Câmara, agora em caráter definitivo. Também tratamos das questões das medidas fiscais, apresentei para ele relatores, como é que a gente está tentando encaminhar, a necessidade de votação nesta semana”, comentou Haddad.
Haddad disse que Lula falou sobre a inclusão das armas no imposto do pecado e sobre bebida açucaradas ao tratar da reforma tributária, que voltou à Câmara após aprovação com mudanças no Senado.
Pacote de corte de gastos
Sobre o pacote de corte de gastos, Haddad disse que “o apelo que ele está fazendo é para que as medidas não sejam desidratadas”. Lula teria pedido um quadro sobre a questão para poder conversar com os líderes do Congresso.
“Nós temos um conjunto de medidas que garantem o robustez do arcabouço fiscal. Nós estamos muito convencido de que vamos continuar cumprindo as metas fiscais nos próximos anos”, garantiu o ministro da Fazenda, apesar de o Banco Central ter elevado a taxa básica de juros em um ponto percentual e contratado mais duas elevações do mesmo tamanho contra o “cenário mais adverso”.
Haddad ainda culpou a manutenção do Perse (Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos) e da desoneração da folha de pagamento, que custaram 45 bilhões de reais, por o governo não ter conseguido superávit primário neste ano:
“Contrariou o governo, mas, enfim, faz parte da democracia. Teve o veto [presidencial], o veto foi derrubado, mas nós teríamos superávit primário este ano já.”
“Corado”
Questionado sobre reunião ministerial, Haddad disse que “isso aí vai estar subordinado à questão da avaliação médica e das recomendações que forem feitas”.
“Então, as atividades do presidente esta semana tão condicionadas a essa avaliação”, comentou o ministro, que parece ter percebido que pintava um quadro de fragilidade de Lula, e mudou a rota:
“Mas confesso a vocês que me surpreendi com a disposição do presidente. Está muito tranquilo, o despacho absolutamente normal, está bem. Está corado. Está bem.”
A julgar pelo que disse Haddad, Lula está bem melhor do que o pacote de corte de gastos do governo.
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