Equipe econômica joga a toalha e não acredita na votação da reforma do IR em 2022
Hoje, a equipe econômica não acredita que o Senado votará a reforma do Imposto de Renda em 2022. Paulo Guedes contava com a aprovação da proposta para bancar o Auxílio Brasil. Sem os recursos que poderiam ser arrecadados com a tributação de dividendos, o ministro da Economia foi obrigado a engolir um programa social com valor médio de R$ 400, com R$ 30 bilhões de despesas fora do teto de gastos...
Hoje, a equipe econômica não acredita que o Senado votará a reforma do Imposto de Renda em 2022. Paulo Guedes contava com a aprovação da proposta para bancar o Auxílio Brasil. Sem os recursos que poderiam ser arrecadados com a tributação de dividendos, o ministro da Economia foi obrigado a engolir um programa social com valor médio de R$ 400, com R$ 30 bilhões de despesas fora do teto de gastos.
A equipe do ministro da Economia foi avisada por líderes do Senado que Angelo Coronel (PSD-BA), relator da proposta, não está disposto a apresentar o parecer ainda em 2022. O parlamentar tem confidenciado aos interlocutores que o projeto aprovado pela Câmara penaliza estados e municípios com redução de repasses da União.
As estimativas apresentadas pelo Ministério da Economia ao parlamentar e que circulam entre os gabinetes do Senado apontam que o projeto aprovado na Câmara resultará em perda de arrecadação de R$ 47 bilhões em 2022, R$ 26,5 bilhões em 2023 e R$ 32,1 bilhões em 2024. Com isso, os estados e municípios receberiam menos recursos em repasses da União.
Sem a reforma do IR, o governo depende da PEC dos Precatórios para bancar o Auxílio Brasil. Arthur Lira já sinalizou que vai tratorar a aprovação da proposta na Câmara, mas o Senado pode virar a última trincheira contra o populismo fiscal de Jair Bolsonaro, que só pensa na reeleição.
Rodrigo Pacheco está com um pé no PSD de Gilberto Kassab, de olho em 2022, e não parece disposto a participar da farra bolsonarista.
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