A Energisa, empresa do setor elétrico no Brasil, anunciou o lançamento de uma oferta primária de ações com o objetivo de levantar cerca de R$ 2 bilhões. A medida visa a fortalecer e otimizar a estrutura de capital da companhia.

A operação consistirá na distribuição primária de 78,3 milhões de ações ordinárias e 121,9 milhões de ações preferenciais. No entanto, a quantidade poderá ser aumentada em até 25% do total inicialmente ofertado, o que elevaria o potencial da oferta para R$ 2,5 bilhões. Esses valores consideram a cotação da unit da Energisa no dia 18 de janeiro a R$ 49,99.

De acordo com o Aviso ao Mercado divulgado pela empresa, as ações subscritas no âmbito da oferta serão automaticamente convertidas units, na proporção de 1 ação ordinária e 4 ações preferenciais subscritas para cada unit, de forma que as ações objeto da oferta corresponderão, inicialmente, a até 29.003.061 units.

De acordo com o cronograma, a precificação das ações está prevista para ocorrer no dia 29 de janeiro. A oferta será coordenada por renomadas instituições financeiras, entre elas o Itaú, Bank of America Merrill Lynch, Bradesco BBI, BTG Pactual, Citi, J.P. Morgan, Santander e Scotiabank.

A oferta primária de ações é uma estratégia comum utilizada pelas empresas para captar recursos no mercado financeiro e fortalecer sua estrutura de capital. Além disso, essa operação também pode contribuir para aumentar a liquidez das ações da Energisa e atrair novos investidores.

Na semana passada, a negociação dos papeis da Energisa chegou a ser interrompida, na quinta-feira, 18, quando a imprensa divulgou a oferta primária, antes da empresa o fazer formalmente. Na oportunidade, a companhia informou que havia interesse na estratégia, mas que ainda havia trâmites específicos a serem observados.

No mesmo comunicado, a Energisa afirmou que o acionista controlador, Gipar, expressou intenção de acompanhar o aumento de capital na proporção da atual participação na empresa, que é de 27,7%. Desde o vazamento da informação sobre a realização da oferta primária de ações até as 11h34 desta segunda-feira, 22, as units da empresa (EGIE11) acumulavam desvalorização de pouco mais de 6%, cotadas a R$ 49,65.