Endividamento recorde pode minar recuperação econômica
Dados divulgados pelo Banco Central mostram que o endividamento das famílias chegou a 58,5% em abril, um recorde. O comprometimento da renda mensal, por sua vez, ficou em 30,5%. Na prática, significa que, para cada R$ 100 que uma família recebeu no último ano, ela já tem uma dúvida contratada de quase R$ 60 e já usou R$ 30 para pagar parcelas do empréstimo...
Dados divulgados pelo Banco Central mostram que o endividamento das famílias chegou a 58,5% em abril, um recorde. O comprometimento da renda mensal, por sua vez, ficou em 30,5%.
Na prática, significa que, para cada R$ 100 que uma família recebeu no último ano, ela já tem uma dúvida contratada de quase R$ 60 e já usou R$ 30 para pagar parcelas do empréstimo.
Segundo o Estadão, “o aperto no bolso das famílias, especialmente em um momento em que desemprego e inflação estão elevados, pode atrapalhar a retomada do crescimento econômico, avaliam economistas”.
“Os juros vão subir, e as famílias que já estão endividadas terão opções de crédito ainda mais caras, o que pode comprometer a retomada do consumo no ano que vem”, diz Sérgio Vale, economista-chefe da MB Associados. Ele calcula que a economia crescerá somente 1,8% no ano que vem e que a retomada dos empregos será lenta.
Dados do IBGE mostram ainda que a massa de salários em circulação caiu R$ 12 bilhões em um ano, o que representa um recuo de 5,4% no trimestre encerrado em abril em comparação ao mesmo período de 2020. “Ou seja, o brasileiro está, além de mais endividado, mais pobre.”
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