Empregos nos Estados Unidos devem orientar juros no mundo
Expectativa é de que números menos pujantes para a geração de postos de trabalho nos EUA impulsionem o FED para cortar as taxas básicas
Os dados do payroll, relatório de emprego americano, são os números mais importantes da semana e devem selar destino para as expectativas com os juros pelo mundo afora nesta sexta-feira, 7. Após indicadores apontarem desaquecimento no mercado de trabalho nos EUA, a expectativa dos economistas é de abertura de 180 mil nova vagas em maio. No mês anterior, foram 175 mil postos criados.
Um número abaixo do esperado pode impulsionar apostas de dois cortes nos juros básicos americanos ainda este ano. Atualmente, os investidores apostam em uma redução na taxa americana ainda em setembro. A precificação da curva futura de juros indica uma chance de 80% de um corte 0,25% até la. As chance de uma segunda diminuição também cresceram significativamente nos últimos dias.
Por aqui, a discussão sobre o equilíbrio fiscal deve voltar à evidência conforme o setor produtivo aumenta a pressão contra a MP (Medida Provisória)1227, que propõe a limitação da utilização de créditos do PIS e do Cofins para compensar a desoneração da folha de pagamentos e da contribuição previdenciária de municípios menores.
Apelidada de MP do Fim do Mundo por diversas entidades representativas, a proposta corre o risco, até mesmo, de ser devolvida pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, sem avaliação dos parlamentares. No entanto, para impedir o avanço da ideia do governo, o Congresso Nacional precisará apresentar alguma alternativa para a compensação uma vez que o STF (Supremo Tribunal Federal) pode derrubar a qualquer momento as desonerações se não houver uma previsão para a recomposição da arrecadação.
No cenário corporativo, o Conselho de Administração da Petrobras se reúne nesta sexta-feira, 7, para avaliar pedido de uma AGE (Assembleia Geral Extraordinária) para eleição dos membros do colegiado. Na semana passada, acionistas minoritários solicitaram a convocação de um novo pleito para a função com o argumento de que teria havido destituição de membro do conselho com a saída de Jean Paul Prates da presidência da companhia e do conselho.
O governo é contrário a uma nova AGE porque isso impediria a recondução de pelo menos dois representantes do Executivo, em função da Lei das Estatais. O atual presidente do Conselho, Pietro Mendes, que é secretário de petróleo e gás do Ministério de Minas e Energia, e o conselheiro Rafael Ramalho, que é secretário-executivo adjunto do Ministério da Fazenda, foram alçados ao colegiado com base na liminar do ex-minisitro do STF e atual ministro da Justiça de Lula, Ricardo Lewandowski.
Recentemente, porém, a liminar foi derrubada, e o STF definiu que a Lei das Estatais deve viger integralmente, da forma como aprovada pelo Congresso Nacional, embora aqueles que estivessem investidos no cargo por força da liminar (sem validade) poderiam permanecer.
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