Economista diz que juros podem subir a dois dígitos com populismo de Guedes
O Banco Central pode ser obrigado a acelerar o ritmo de alta dos juros e levar a taxa para 10% ao ano em 2022 se o populismo fiscal de Paulo Guedes com o auxílio-fura teto for aprovado pelo Congresso. A afirmação é do economista-chefe da JF Trust, Eduardo Velho...
O Banco Central pode ser obrigado a acelerar o ritmo de alta dos juros e levar a taxa para 10% ao ano em 2022 se o populismo fiscal de Paulo Guedes com o auxílio-fura teto for aprovado pelo Congresso. A afirmação é do economista-chefe da JF Trust, Eduardo Velho.
A última vez que a Selic esteve em dois dígitos foi em julho de 2017, em meio ao processo de redução de juros iniciado pela gestão de Ilan Goldfajn no Banco Central.
“Avaliamos que a racionalidade é esperar pela continuidade da pressão de alta do dólar e dos juros futuros, e por tabela, a necessidade de uma intervenção mais robusta do Banco Central na ponta de venda do dólar, mas também , para adotar um choque monetário não antecipado, acelerando o ritmo de alta da Selic pelo menos para 1,5 ponto percentual para evitar maior repasse cambial e o descontrole das expectativas de inflação para 2022.”, disse.
Segundo Velho, caso o Auxílio Brasil seja confirmado fora do teto de gastos, o país perderá a credibilidade, com impactos diretos na inflação e no dólar.
“Esse seria o gatilho para a perda de mais uma âncora da política fiscal e sanciona fragilidade de Guedes no governo”, afirmou.
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