Técnicos da equipe econômica ficaram animados com a declaração de Arthur Lira de que a Câmara “não tem obrigação nenhuma de chancelar mudança de mérito” na PEC dos Precatórios. 

Auxiliares de Paulo Guedes avaliaram que os deputados podem reestabelecer o texto aprovado anteriormente, sem a vinculação do espaço fiscal para bancar apenas o Auxílio Brasil e despesas da seguridade social.

A expectativa no Ministério da Economia é que os parlamentares também recoloquem o precatórios do Fundef dentro do teto de gastos. A PEC será votada novamente na Câmara na próxima terça-feira (14).

Guedes não gostou dessas duas mudanças feitas pelo Senado no texto aprovado pela Câmara. Para o ministro, retirar os precatórios do Fundef dará ainda mais margem para que o governo seja criticado pela gambiarra fiscal em curso.

Além disso, Guedes não gostou da vinculação das receitas que decorrem do espaço fiscal aberto pela PEC a gastos com programas sociais e aposentadorias. Desde o início do governo, o ministro tem dito ser contra os chamados “carimbos orçamentários”, defendendo que o orçamento seja mais flexível.