“É maluquice”
Leia mais um trecho da reportagem do Estadão sobre o contrato do BNDES com a República Dominicana. O documento foi descoberto por O Antagonista e entregue em meados de maio às autoridades competentes:"Desde 2007, o BNDES reforça o apoio ao que se chama de exportações de serviços, especialmente nos financiamentos para que grandes empreiteiras brasileiras pudessem fazer obras no exterior...
Leia mais um trecho da reportagem do Estadão sobre o contrato do BNDES com a República Dominicana. O documento foi descoberto por O Antagonista e entregue em meados de maio às autoridades competentes:
“Desde 2007, o BNDES reforça o apoio ao que se chama de exportações de serviços, especialmente nos financiamentos para que grandes empreiteiras brasileiras pudessem fazer obras no exterior. O Estado teve acesso ao primeiro de um desses contratos de crédito. Segundo avaliação de profissionais do mercado financeiro, nessa operação o banco só não teve prejuízo porque usou, em condições muito especiais, o dinheiro barato do Fundo de Amparo ao Trabalhador, o FAT, que banca benefícios sociais como o seguro-desemprego..
Pelas simulações realizadas a pedido do ‘Estado’ por profissionais do mercado financeiro, o negócio com a República Dominicana é “muito ruim”. Primeiro, porque o subsídio foi relevante – 13% do valor do empréstimo, sem que seja claro o ganho para o Brasil. Em 2013, quando assinou com o BNDES, a República Dominicana fez captação de 10 anos pagando a taxa Libor mais 3,44%, mas o BNDES emprestou pela Libor mais 2,3%. Se usasse o próprio dinheiro, e não o do FAT, teria prejuízo. Em 2013, o banco fez uma captação em 10 anos, pagando Libor mais 2,77% – 0,47 ponto porcentual acima da taxa do empréstimo. “É maluquice: o que estão fazendo lá?”, disse um dos executivos consultados”.
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