O dólar começou a primeira sessão de 2025 em alta, chegando a 6,22 reais na máxima do dia.

Às 10h43, a moeda americana era negociada a 6,20 reais, com investidores de olho nos dados do mercado de trabalho americano e no cenário fiscal brasileiro, grande temor de 2024.

A expectativa é que a baixa liquidez do período de festas e o forte fluxo de saída de dólares no mercado à vista possam motivas novas intervenções do Banco Central, agora sob a presidência de Gabriel Galípolo (foto).

Fora do Sistema Solar

Diante da incerteza sobre o equilíbrio fiscal para os próximos anos, o dólar encerrou 2024 negociado a 6,17 reais, acumulando alta de 27,36% no ano.

O avanço no ano representa a maior oscilação do dólar desde 2020, primeiro ano da pandemia de Covid, quando a moeda americana subiu 29,3% em relação ao real.

“Indústria das fake news”

A presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann, adotou ao longo de 2024 uma narrativa de que a alta do dólar era culpa do mercado. Segundo ela, o mercado “jogou o dólar para a lua”

Além dela, integrantes do governo Lula (PT) abraçaram o discurso de que a alta do dólar não é culpa de um pacote fiscal desacreditado pela população e mercado financeiro.

Para o ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência, Secom, Paulo Pimenta, a disparada do dólar é culpa de uma “indústria das fake news” estaria “trabalhando contra o Brasil” e “para a alta do dólar”.

Nas redes sociais, Pimenta publicou mensagens dizendo que um perfil do X estaria fazendo publicações falsas.

“O perfil de fake news foi apagado, mas os criminosos serão encontrados e responsabilizados. A internet não é terra sem lei e quem comete crimes contra o Brasil não ficará impune!”, escreveu.

Leia também: Dólar indomável desmoraliza Haddad