Em dia de queda global da moeda americana, o real conseguiu se aproveitar do humor e externo, reforçado por fala do petista que disse que fará cortes no orçamento “sempre que precisar“. O câmbio se apreciou e a divisa dos Estados Unidos chegou a recuar a 5,54 reais na mínima do dia, mas encerrou o dia em 5,57 reais.

O ânimo perdeu um pouco de fôlego com a divulgação do Relatório Bimestral de Receitas e Despesas e a previsão do governo de um déficit de 32,6 bilhões de reais, contra 14,5 bilhões de reais da projeção do relatório anterior.

A equipe econômica ainda não detalhou os detalhes dos cortes para adequar as contas ao limite mínimo da meta fiscal, de déficit de 28,8 bilhões de reais (o equivalente a -0,25% do PIB). Os 3,8 bilhões de reais de contingenciamento devem atingir todas a Esplanada, no entanto, mas os pormenores dos cortes só estarão prontos em no dia 20 de julho, quando deve ser pulbicado o Decreto de Programação Orçamentária e Financeira.

O movimento nos juros futuros foi parecido acompanhou o dólar e se afastou do melhor momento no fim do dia. Ainda assim, a curva futura registrou recuo nas taxas de até 11 pontos base nos vencimento mais longos, com a ponta mais curta com quedas de 5 a 7 pontos base.

O Ibovespa, principal índice acionário do país, registrou leve alta de 0,19%, aos 127,8 mil pontos e não acompanhou o otimismo das bolsas americanas em resposta a desistência do presidente Joe Biden da corrida eleitoral. Por aqui, as empresas ligadas a commodities com a queda nos preços das matérias primas.

Entre as principais contribuições negativas para o índice, Petrobras (-1,99% PN; -1,53% ON) , Embraer (-7,03%) e Prio (-1,32%) ficaram entre os destaques das detratoras na sessão. Do lado positivo, Eletrobras (+2,02%), Equatorial (2,03%) e Bradesco (1,12%) lideraram as empresas que impulsionaram o indicador.