Dólar bate novo recorde no governo Lula
Na semana, a divisa dos Estados Unidos avançou 2,91% com a incontrolável saraivada de bravatas do petista contra o Banco Central
A moeda americana encerrou a semana valendo 5,59 reais, após alta de 1,70% na sexta-feira, 28, impulsionada por novas falas do presidente da República e alcançou o maior patamar desde 2023. Na semana, a divisa dos Estados Unidos avançou 2,91% com a incontrolável saraivada de bravatas do petista contra o Banco Central.
O real registrou a pior performance em uma cesta com 23 emergentes, muito longe do segundo colocado, o peso mexicano, que perdeu 1,17% contra o dólar. Nesta sexta-feira, 28, Lula voltou ao ataque, após brevíssimo alívio na tarde do dia anterior.
Em entrevista pela manhã, o petista foi além das criticas ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e sugeriu que juros vão cair quando ele indicar o novo presidente da autoridade monetária. A moeda americana respondeu quase de imediato e alcançou 5,58 reais.
Durante a tarde, em novas falas, repetiu as bravatas de sempre e cobrou uma investigação da autoridade monetária sobre especulação no câmbio. Novamente, Lula falha ao endereçar as críticas. Se quer mesmo uma investigação sobre o câmbio, bastaria falar com seu indicado à autarquia Gabriel Galípolo, diretor de Política Monetária e responsável por acompanhar as flutuações da moeda brasileira.
O diretor, aliás, explicou, em evento online, que o câmbio é flutuante para absorver mudanças por reprecificação. O indicado por Lula, e um dos favoritos ao posto de Campos Neto, destacou ainda que o real se enfraqueceu rapidamente, mais do que os pares emergentes, e continua a ser um ponto de preocupação para o BC.
Enquanto o petista se esforça em implodir o próprio governo agindo como se não fosse responsável pela atual conjuntura, os juros futuros dispararam mais uma vez. Na semana, foram mais de 40 pontos base de avanço nas taxas intermediárias e até 35 pontos base nos vencimentos mais longos.
O Ibovespa, principal índice econômico, no entanto, acumulou alta de 2,11%, aos 123,9 mil pontos, na semana, mesmo após o fechamento em queda na sexta-feira. O indicador foi puxado por notícias do setor corporativo que levaram as ações de Suzano a subir 16,70% no período, com o anúncio da desistência da compra da International Paper.
Os papéis da varejista Magazine Luiza ficaram com a segunda maior valorização no período (11,27%), após a divulgação de uma parceria com o braço de e-commerca da Alibaba, o Aliexpress. A terceira posição ficou com a BRF (10,32%), que é beneficiada com a alta da moeda americana.
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