Dividendos: primeiro ETF com pagamento mensal chega à B3
O mercado financeiro brasileiro ganhou uma novidade nesta sexta-feira: o primeiro ETF (fundo de índice) que distribui dividendos mensais aos investidores estreia na B3. O NDIV11, como é chamado, acompanha o recém-criado Ibovespa Smart Dividendos B3, desenvolvido pela própria B3...
O mercado financeiro brasileiro ganhou uma novidade nesta sexta-feira: o primeiro ETF (fundo de índice) que distribui dividendos mensais aos investidores estreia na B3. O NDIV11, como é chamado, acompanha o recém-criado Ibovespa Smart Dividendos B3, desenvolvido pela própria B3 para identificar e acompanhar empresas que se destacam no Ibovespa como boas pagadoras de proventos periódicos em dinheiro, tanto de dividendos quanto de JCP (Juros sobre Capital Próprio).
A chegada do NDIV11 ocorre em um momento de crescimento expressivo do mercado de ETFs. O volume investido em nesse tipo de investimento no Brasil ultrapassa os R$ 45 bilhões, conforme Boletim Mensal ETF da B3 mais recente.
O Ibovespa Smart Dividendos B3, que é rastreado pelo NDIV11, considera as empresas do Ibovespa B3 que pagam os maiores valores de dividendos em relação ao preço das ações. Esse critério também é utilizado para ponderar o peso de cada ação na carteira do fundo. Além disso, são levados em conta a recorrência e a menor oscilação nos proventos pagos pelas empresas. Com isso, as companhias que apresentam maiores valores proporcionais, com frequência e valor constantes ao longo dos anos, terão maior peso na carteira do NDIV11.
“As empresas não podem pagar de vez em quando. Para entrar na carteira, elas precisam ter consistência no pagamento”, explicou Hênio Scheidt, gerente de índices da B3, em nota divulgada.
A primeira carteira do Ibovespa Smart Dividendos B3 é composta por 21 empresas (confira abaixo) e tem validade até 29 de dezembro de 2023. A carteira será rebalanceada a cada quatro meses, assim como acontece com o Ibovespa. De acordo com a B3, caso existisse desde 2013, o Ibovespa Smart Dividendos B3 teria acumulado uma variação positiva de 142% até o final de agosto desse ano. No mesmo período, o Ibovespa B3 obteve variação positiva de 87%. Levantamento feito por O Antagonista aponta que o IDIV, índice de dividendos mais antigo na bolsa, avançou 120%.
O NDIV11 está disponível para investidores em geral, com liquidez de dois dias úteis, aporte mínimo de R$ 100 e taxa de administração de 0,5% (não há taxa de performance). O Imposto de Renda incide no momento da venda das cotas e somente se houver ganho de capital. Já os valores dos proventos pagos aos cotistas são tributados em 15%, valor recolhido diretamente pelo administrador do fundo.
Vale ressaltar que ETFs focados em pagamento de dividendos foram permitidos na B3 apenas em janeiro deste ano. Até então, os produtos voltados para essa estratégia reinvestiam os pagamentos para entregar valor ao investidor na forma de valorização da cota. Esse é o caso do DIVO11 e do BBSD11.
Além do NDIV11, a B3 também listará a partir desta sexta-feira o NSDV11, um segundo ETF que acompanha o mesmo índice, mas tem uma estratégia diferente: reinvestimento dos dividendos. Ambos os produtos foram desenvolvidos pela Nu Asset Management, gestora de fundos do Nubank, em parceria com a B3.
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