Desemprego recua para 6,1%, diz IBGE
Este é o menor índice já registrado desde o começo da Pnad Contínua, em 2012
A taxa de desemprego referente ao trimestre que se encerrou em novembro de 2024 caiu 0,5 ponto percentual em comparação ao trimestre de junho a agosto, ficando em 6,1%, conforme dados divulgados nesta sexta-feira, 27, pelo IBGE.
Este é o menor índice já registrado desde o começo da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), em 2012.
Quando analisada em relação ao mesmo período de 2023, a diminuição é de 1,4 ponto percentual.
Segundo o IBGE, 6,8 milhões de pessoas estão sem emprego no Brasil, o menor contingente desde dezembro de 2014.
População desalentada
A pesquisa também revelou que a população desalentada — que se refere àquelas pessoas que deixaram de procurar emprego por desânimo — somou 3 milhões, o menor número desde abril de 2016.
Esse grupo se manteve estável em relação ao trimestre anterior e apresentou uma redução de 10,3% em comparação ao ano anterior, percentual equivalente a 349 mil indivíduos.
O percentual de pessoas nessa condição ficou em 2,7%, mantendo-se estável no último trimestre e apresentando uma queda de 0,3 ponto percentual em relação ao ano passado.
Empregados no setor privado
O levantamento do IBGE também indicou um recorde no número de empregados no setor privado, totalizando 53,5 milhões.
Esse número representa um aumento de 1,3% em relação ao trimestre anterior e de 4,6% quando comparado a 2023.
O número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado, excluindo os domésticos, alcançou também um novo recorde, com 39,1 milhões de pessoas empregadas.
Neste segmento, houve um aumento de 1,3% no último trimestre e um crescimento anual de 3,7%.
Sem carteira assinada
No que diz respeito aos trabalhadores sem carteira assinada, o número totalizou 14,4 milhões e permaneceu estável em relação ao trimestre anterior.
Contudo, observou-se um aumento anual de 7,1%, com mais 959 mil trabalhadores.
Por sua vez, o setor público manteve estável o número total de empregados em 12,8 milhões. Ao longo do ano, houve um crescimento de 5,6%.
Os trabalhadores por conta própria somaram 25,9 milhões, com avanço de 1,8% no trimestre.
Já o segmento dos trabalhadores domésticos cresceu para 6 milhões, representando um aumento de 3,2%.
Informalidade
A taxa de informalidade entre os ocupados foi registrada em 38,7%, correspondendo a aproximadamente 40,3 milhões de trabalhadores informais. Este índice apresenta uma leve queda em comparação aos trimestres anteriores: era de 38,8% (39,8 milhões) no final de agosto e de 39,2% (39,4 milhões) no mesmo período do ano passado.
Rendimento real
O rendimento real habitual de todos os trabalhos foi de 3.285 reais, ficando estável no trimestre.
Contudo, houve um crescimento de 3,4% no ano.
A massa de rendimento real habitual foi recorde, subindo 2,1% no trimestre encerrado em novembro, ficando em 332,7 bilhões de reais.
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