Dados de inflação devem impactar juros na semana
Investidores terão uma semana voltada para o comportamento dos preços por aqui e no exterior para renovar expectativas sobre taxas e performance dos mercados de ações. Hoje, a China divulgou números abaixo do esperado para a inflação...
Investidores terão uma semana voltada para o comportamento dos preços por aqui e no exterior para renovar expectativas sobre taxas e performance dos mercados de ações. Hoje, a China divulgou números abaixo do esperado para a inflação, o que foi lido pelo mercado como mais um sinal de dificuldade para a aceleração da economia no gigante asiático.
Por aqui, daqui a pouco é divulgado o Boletim Focus – que traz as expectativas dos agentes de mercados sobre indicadores econômicos e deve apontar melhora na trajetória da inflação. Amanhã, otimismo também com os dados do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo). A expectativa é de deflação de 0,1% em junho na comparação com maio. Em doze meses, o número deve deixar o indicador em 3,15% no acumulado de 12 meses, abaixo da meta do Banco Central (3,25% para este ano) pela primeira vez desde outubro de 2020 (quando a inflação estava em 3,98% para o período, contra 4% de meta para o ano).
Na quarta-feira, será a vez do CPI (Índice de Preços ao Consumidor, na sigla em inglês) nos Estados Unidos. A expectativa de mercado é de reaceleração do indicador, que deve passar de 0,1% na leitura mensal de maio, para 0,3% no levantamento atual. Apesar disso, na comparação anual, a pressão sobre os preços nos EUA deve cair de 4,0% nos 12 meses terminados em maio, para 3,1% para o mesmo período encerrado em junho.
Os números de inflação impactam as expectativas sobre as próximas medidas a serem tomadas pelos Bancos Centrais no que diz respeito a taxas de juros. No Brasil, os investidores continuam precificando 40 pontos-base de corte na reunião de agosto do Copom (Comitê de Política Monetária), o que levaria a Selic para 13,35% a.a.. Nos Estados Unidos, o mercado aposta que uma nova alta de 0,25 p.p. deve ser anunciada no final de julho, elevando a taxa básica por lá dos atuais 5,25% a.a. para 5,50% a.a..
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