Crusoé: Milei explica como recolocou a Argentina nos trilhos
"O ajuste fiscal consolidado implicou devolver (ou parar de roubar) 15% do PIB dos argentinos", diz o presidente argentino em artigo publicado no 'La Nación'
Javier Milei publicou um artigo no jornal La Nación nesta sexta-feira, 3, para explicar como recolocou a Argentina nos trilhos em seu primeiro ano de governo.
No texto, intitulado O retorno ao caminho do crescimento, o presidente libertário faz um longo preâmbulo sobre o estudo do crescimento econômico, passando por Adam Smith, Thomas Malthus e John M. Keynes, entre outros, para dizer o seguinte sobre a derrocada da economia argentina, que começou o século 20 entre as cinco maiores do mundo, mas estava na 113ª posição em 2023:
“Aprendemos que a estabilidade é uma pré-condição necessária para o crescimento, uma vez que a presença sistemática do déficit fiscal, a inflação resultante da emissão monetária para financiar o Tesouro e o desequilíbrio externo combinado com um hiato cambial, perda de reservas e endividamento constituem um coquetel explosivo que nos fez viver à beira do abismo e com ele destruiu qualquer tipo de visão que ultrapassasse o dia a dia.”
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Déficit fiscal
“Nesse sentido, a eliminação tanto do déficit fiscal (Tesouro) como do déficit parafiscal (BCRA) permitiu cortar a emissão de dinheiro, fazendo com que a inflação no atacado (varejo) passasse de níveis de 54% (25,5%) mensal para 1,4% (2,4%), o que foi alcançado: (i) sem desapropriação de bens; (ii) sem controle de preços; (iii) recompondo tarifas e (iv) sem fixação da taxa de câmbio. Ou seja, tudo foi feito respeitando o direito de propriedade e, se subtrairmos o efeito da inflação induzida pelo crawling peg, os preços no atacado estariam em deflação e os preços no varejo seriam neutros”, explicou Milei.
Segundo o presidente argentino, “a redução do déficit fiscal gerou uma queda abrupta do risco do país, que no momento da vitória de La Libertad Avanza era de cerca de 3.000 pontos base, caiu para 1.900 no momento da posse e hoje, após um ano completo de equilíbrio fiscal na rubrica financeira, está em torno de 600 pontos base”.
“Esse ponto não é menor, pois…
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