Credores da Latam devem ganhar controle de empresa em novembro
A reestruturação financeira da Latam Airlines para conclusão do processo de recuperação judicial, com aumento de capital e novas dívidas, está próxima do fim, de acordo com nota da empresa à CMF...
A reestruturação financeira da Latam Airlines para conclusão do Capítulo 11 (lei de falência e recuperações judiciais dos Estados Unidos), com aumento de capital e novas dívidas, está próxima do fim, de acordo com nota da empresa à CMF (Comissão para o Mercado Financeiro do Chile, órgão regulador do mercado de capitais chileno).
Para garantir a saída da recuperação judicial no início de novembro deste ano, a Latam precisou emitir mais três instrumentos de dívida para se financiar, além do aumento de capital que dará a três fundos representantes dos credores (Sixth Street, Strategic Value Partners e Sculptor Capital) cerca de 66% do total das ações da companhia. Por outro lado, os principais acionistas da companhia atualmente – Qatar Airways, Delta Air Lines e a família chilena Cueto – serão diluídos e passarão de 46,7% de participação para 27%.
O final feliz faz lembrar o desfecho melancólico da recuperação judicial da Varig iniciado em junho de 2005, se arrastou por anos, e terminou com mais de uma década de espera de cerca de 5 mil ex-empregados para receber salários atrasados e indenizações. Sem recuperação econômica e diversas acusações de interferências políticas durante o processo que quase culminou em uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) no Senado Federal, em 2008.
A Latam Airlines deu entrada no Capítulo 11 em 2020, após a pandemia ter colocado as companhias aéres sob grande pressão em função das políticas de restrição social. Ainda segundo comunicado da empresa, a companhia deve sair do processo com caixa de US$ 2,2 bilhões e um redução no endividamente de 35% na comparação com o início do processo.
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