Conta de luz vai subir após Bolsonaro autorizar empréstimos para distribuidoras
Em decreto publicado nesta sexta-feira (14) no Diário Oficial da União (DOU), Jair Bolsonaro (PL) autorizou a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) a definir as regras para concessão de empréstimos para as empresas distribuidoras. As operações de crédito serão pagas pelos consumidores, por meio de taxa extra na conta de luz, que vai subir...
Em decreto publicado nesta sexta-feira (14) no Diário Oficial da União (DOU), Jair Bolsonaro (PL) autorizou a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) a definir as regras para concessão de empréstimos para as empresas distribuidoras. As operações de crédito serão pagas pelos consumidores, por meio de taxa extra na conta de luz, que vai subir.
Como mostramos, Bolsonaro editou uma medida provisória em dezembro do ano passado para socorrer as empresas do setor elétrico e evitar um tarifaço em ano eleitoral. O texto enviado ao Congresso autoriza a concessão de empréstimos para as empresas e a criação de uma bandeira tarifária extra, em casos de escassez hídrica.
Com a falta de chuvas e o baixo nível dos reservatórios das hidrelétricas ao longo de 2021, o governo foi obrigado a acionar as termelétricas, que produzem energia mais cara. Com o aumento no preço do diesel e do gás natural, as distribuidoras gastaram mais para comprar a energia.
A bandeira tarifária criada pelo governo no ano passado, tecnicamente chamada escassez hídrica, que adicionou R$ 14,20 por cada 100 kw/h consumidos, não compensou o aumento das despesas das empresas de energia.
Segundo a Associação Nacional das Distribuidoras de Energia Elétrica (Abradee), o prejuízo do setor é de pelo menos R$ 15 bilhões.
Com a publicação do decreto, a Aneel poderá calcular o tamanho do custo extra das empresas e definir as regras para a concessão de empréstimos para as distribuidoras.
Segundo analistas do setor, apesar do rombo estimado das empresas chegar a R$ 15 bilhões, o valor total dos empréstimos pode ser de R$ 6 bilhões. A oferta de crédito seria menor porque o aumento do volume de chuvas no país reduziu o preço da energia a partir do fim de 2021 e favorece o caixa das distribuidores.
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