Consumo dos lares em 2023 supera previsões e cresce 3,09%
O consumo nos lares brasileiros encerrou o ano passado com uma alta de 3,09% em relação a 2022...
O consumo nos lares brasileiros encerrou o ano passado com uma alta de 3,09% em relação a 2022.
Em dezembro de 2023, o indicador teve um avanço de 18%, o maior crescimento mensal desde dezembro de 2021.
Os dados foram divulgados nesta quarta-feira, 24, pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras).
“O crescimento relevante do ano passado foi muito puxado pelo mês de dezembro, especialmente as últimas duas semanas”, apontou o vice-presidente da associação, Márcio Milan.
Ele emendou.
“A menor inflação dos preços dos alimentos para consumo no domicílio, na comparação com o consumo fora do lar, foi um fator essencial para o crescimento do consumo das famílias ao longo do ano, puxado, principalmente, pela carne bovina, sinalizando uma recomposição de renda”, explicou.
Para 2024, a Abras espera crescimento de 2,50% no consumo dos lares brasileiros.
“Observamos que o ano passado já teve um crescimento de 3,09%, então esta nossa projeção em cima da alta do ano passado já é bastante firme”, comentou.
De acordo com o levantamento, o valor da Cesta Abrasmercado, que conta com 35 produtos de largo consumo (alimentos, bebidas, carnes, produtos de limpeza, itens de higiene e beleza), teve uma queda de 4,22% em 2023, na comparação com o ano anterior.
Trata-se da maior deflação registrada, no acumulado do ano, desde 2017. Em dezembro, o preço médio da cesta subiu de R$ 712,94 para R$ 722,57, alta de 1,35%.
No recorte por regiões, a maior redução foi registrada no Nordeste (-5,07%), seguido por Norte (-4,79%), Sul (-4,08%), Sudeste (-3,63%) e Centro-Oeste (-3,25%).
Entre os itens básicos, de acordo com a Abras, as principais quedas foram do óleo de soja (-28%), do feijão (-13,78%), da farinha de trigo (-9,14%) e do leite longa vida (-7,82%).
Por outro lado, houve altas acumuladas do arroz (+24,54%) e do açúcar (+11,2%).
A pesquisa da Abras engloba atacarejos, supermercados convencionais, lojas de vizinhança, hipermercados, minimercados e e-commerce.
Segundo Milan, o crescimento do emprego, a consolidação dos programas de transferência de renda e de outros recursos que movimentaram a economia ao longo do ano como o pagamento dos precatórios, movimentou o consumo.
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