Congresso deve destravar pauta econômica esta semana
Em Brasília, a semana começa com expectativa pela votação do PL (Projeto de Lei) sobre a tributação de fundos exclusivos e offshore. O texto é considerado uma peça importante na esperança do governo de zerar o déficit fiscal no próximo ano...
Em Brasília, a semana começa com expectativa pela votação do PL (Projeto de Lei) sobre a tributação de fundos exclusivos e offshore. O texto é considerado uma peça importante na esperança do governo de zerar o déficit fiscal no próximo ano. Além disso, o mercado aguarda que a reforma tributária seja destravada no Senado. O relator Eduardo Braga indicou que pode fazer a leitura do parecer dele amanhã.
Ainda no Senado, o relator do projeto de lei da desoneração da folha de pagamentos, Angelo Coronel, expressou confiança na aprovação da matéria pela CAE (Comissão de Assuntos Econômico) amanhã por um “placar elástico”. A medida tem sido aguardada pelo mercado e pode trazer impactos significativos para as empresas.
No campo político, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, deu início, na sexta-feira, à temporada de apostas nos nomes dos futuros diretores do Banco Central. Em dezembro, o mandato de Fernanda Guardado (Assuntos Internacionais) e Maurício Moura (Relacionamento Institucional, Cidadania e Supervisão de Conduta) se encerram, e o governo Lula terá a chance de indicar mais dois nomes alinhados à política econômica do Planalto para a composição da diretoria da autoridade monetária. Com isso, o petista terá quatro dos nove votos do Copom (Comitê de Política Monetária), que define a taxa de juro básica brasileira, a Selic.
No exterior, permanece o estresse com o rendimento dos título público americanos. O rendimento do Treasuries com vencimento em 10 anos ultrapassou a barreira dos 5% a.a. e está no maior patamar desde 2007. A alta do chamado juro longo indica o ajuste do mercado à ideia de juros mais altos por mais tempo nos Estados Unidos e preocupação com a saúde fiscal americana.
Na agenda econômica, o IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15), também conhecido como prévia da inflação oficial, deve apontar desaceleração na quinta-feira. A expectativa do mercado é de inflação em 0,21% em outubro, contra 0,35% em setembro. Na leitura anual, o mercado aposta em estabilidade do índice em 5,04% nos doze meses encerrados em outubro, contra 5% no levantamento anterior.
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