Com preço 14% abaixo do PPI, Petrobras aumenta produção de diesel
A petroleira brasileira informou que as refinarias da empresa atingiram o melhor resultado desde 2014 para o chamado FUT (Fator de Utilização Total), 97,3% em agosto...
A petroleira brasileira informou que as refinarias da empresa atingiram, no mês passado, o melhor resultado desde 2014 para o chamado FUT (Fator de Utilização Total), 97,3%. Isso resultou na maior produção mensal de diesel deste ano. Somente no combustível tipo S10, foram refinados 2,37 bilhões de litros no período.
De acordo com o diretor de Comercialização, Logística e Mercados da Petrobras, Claudio Schlosser, “a ampliação da produção de diesel S10 em nossas refinarias contribui para a nossa estratégia comercial, que prevê a prática de preços competitivos de maneira rentável e sustentável”, afirmou em notas divulgada pela companhia.
Com a recente alta dos preços do petróleo no mercado internacional, aumentam as expectativas por um reajuste no preço dos combustíveis comercializados pela Petrobras.
Na terça-feira, a Arábia Saudita informou a prorrogação no corte voluntário de 1 milhão de bps (barris por dia) até dezembro. O anúncio foi acompanhado da adesão da Rússia, que se comprometeu a reduzir a produção em 300 mil bpd. De lá para cá, o barril do tipo Brent (referência para a Petrobras) voltou a ficar acima dos US$ 90, maior patamar desde julho do ano passado.
Com isso, a defasagem entre o preço praticado internamente pela estatal e o internacional, subiu de 9% no fim de agosto, para 14%, de acordo com levantamento da Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis) divulgado hoje.
O reajuste mais recente do diesel pela Petrobras ocorreu em 15 de agosto deste ano, após essa defasagem atingir 30%. Na oportunidade, a petroleira elevou o preço cobrado nas refinarias em R$ 0,78.
A estatal precisa importar parte do combustível utilizado no país para conseguir abastecer a totalidade da demanda nacional, uma vez que a capacidade de refino ainda não é suficiente. Por isso, o preço internacional tem reflexo nas contas da petroleira e cria uma espécie de limite possível para a Petrobras absorver a diferença sem que isso passe a prejudicar a viabilidade econômica da empresa.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)