Com eleições e externo ruim, investidores enfrentam mais um dia difícil
A quinta-feira no mercado financeiro promete ser mais um dia de volatilidade para os investidores nacionais. A duas sessões da decisão eleitoral, a B3 (Bolsa de Valores de São Paulo) deve, novamente, enfrentar dia de prejuízos...
A quinta-feira no mercado financeiro promete ser mais um dia de volatilidade para os investidores nacionais. A duas sessões da decisão eleitoral, a B3 (Bolsa de Valores de São Paulo) deve, novamente, enfrentar dia de prejuízos pressionada por acirramento na disputa eleitoral e mercado internacional difícil.
OS futuros de Wall Street operam levemente em queda, de olho nos resultados corporativos, após a Meta (ex-Facebook) reportar queda de quase 50% nos lucros na comparação com o mesmo período do ano anterior. O balanço confirmou a preocupação levantada no dia anterior com o balanço da Alphabet (ex-Google) também abaixo das expectativa e apontando dificuldade na linha de receitas com empresários repensando gastos com publicidade.
Na Europa, o Euro Stoxx 600 também operava no vermelho, com o anúncio de quatro trimestre consecutivo de prejuízo do banco Credit Suisse. Na ponta contrária, as ações da Shell subiam com anúncio de forte pagamento de dividendos nos próximos meses após divulgação do segundo maior lucro da história da empresa no terceiro trimestre.
Por aqui, os investidores ainda tentam lidar com o aumento da tensão eleitoral, que tem dificultado os negócios. Como resultado, o real tem se desvalorizado e as taxas de juros futuros tem subido, mesmo com rendimentos de títulos nos EUA apresentando arrefecimento nos últimos dias. A bolsa de valores deve enfrentar o quarto dia de fechamento no vermelho enquanto os operadores tentam se posicionar para o resultado eleitoral em meio a contestação de condições de campanha e falta de visibilidade sobre o próximo arcabouço fiscal
A manutenção da taxa Selic em 13,75% a.a. anunciada ontem à noite pelo Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central não deve mudar muito o panorama. No comunicado, a autarquia manteve o tom mais brando para as condições econômicas, mas mandou recado ao governo e aos candidatos à Presidência da República ao destacar a necessidade de atenção aos fundamentos fiscais em função da “maior sensibilidade dos mercados” ao tema.
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